Notícia
Campo Pequeno vai ser vendido para escapar à falência
Em causa está uma dívida de 90 milhões de euros, revela esta sexta-feira o semanário “Sol”. A administradora de insolvência garante que o funcionamento normal do espaço não será afectado com a mudança para novos donos.
A Sociedade de Renovação Urbana Campo Pequeno (SRUCP), empresa que gere o espaço lisboeta, vai ser vendida a novos accionistas como forma de evitar o processo de insolvência iniciado este ano. A notícia é avançada pela edição desta sexta-feira do semanário “Sol”.
A administradora de insolvência da empresa que gere o centro comercial e a praça de touros, Paula Mattamouros Resende, explicou que a solução encontrada para a dívida de 90 milhões de euros a "uma entidade bancária e alguns fornecedores", apurada após a assembleia de credores desta segunda-feira, passa por encontrar novos investidores para o projecto.
Paula Mattamouros Resende assegura, contudo, que a passagem para novos donos não implica qualquer alteração no funcionamento normal do Campo Pequeno. O espaço "encontra-se a funcionar com toda a normalidade, não sendo por esse motivo nenhuma das suas actividades ou valências afectadas por esta situação", confirmou ao “Sol”.
Como explica o jornal, a insolvência da SRUCP foi decretada pelo Tribunal de Comércio de Lisboa a 31 de Janeiro, na sequência de um pedido requerido pela construtora Opway por uma dívida de 30 mil euros.
De acordo com as contas publicadas há dois anos, citadas pelo semanário, entre 2009 e 2011 a SRUCP teve prejuízos acumulados de 17,4 milhões de euros. A este valor juntam-se processos judiciais acumulados por pagamentos em falta.
A SRUCP foi constituída para a recuperação do Campo Pequeno, inaugurado em 2006.