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Caixabank/BPI: Parceria entre Nos e Vodafone pode resultar em "poupanças significativas"

A Nos e a Vodafone pretendem reforçar o acordo de partilha de infraestrutura também na rede móvel. Até agora, o acordo de partilha assinado entre as duas operadoras em 2017 tinha mais abrangência na rede fixa.

05 de Fevereiro de 2020 às 09:46
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A partilha de ativos de rede móvel em Portugal entre a Nos e a Vodafone pode trazer "poupanças significativas" para as duas operadoras. A conclusão é dos analistas do Caixabank/BPI, que alertam, porém, que o regulador pode vir a obrigar as empresas a abrir esta parceria a outras entidades. 

"Acreditamos que a carta de intenções deverá traduzir-se numa implementação mais eficiente do 5G e vai permitir a ambas as empresas obter poupanças significativas com a rede atual", afirmam os analistas do Caixabank/BPI, numa nota a que o Negócios teve acesso. 

A Nos e a Vodafone pretendem reforçar o acordo de partilha de infraestrutura também na rede móvel, de acordo com um comunicado enviado na terça-feira. Até agora, o acordo de partilha assinado entre as duas operadoras em 2017 tinha mais abrangência na rede fixa, de fibra ótica, e previa a partilha de um conjunto de torres móveis (cerca de 200). Agora, será um acordo mais alargado, para a rede já existente, e já a pensar no 5G.

Para já as duas operadoras assinaram uma carta de intenções, sendo que o objetivo passa por atingir um acordo definitivo em junho de 2020. Até lá vão negociar em "regime de exclusividade".

"A carta não dá muitos detalhes, mas as empresas já deixaram claro que não vão partilhar espectro, o que significa que vão entrar separadamente no próximo leilão", referem os analistas.


As duas companhias garantiram que vão manter o "controlo estratégico das suas redes", bem como "total independência na definição e prestação de serviços aos seus respetivos clientes", assegurando também que não vão partilhar "espectro". O que significa que a partilha é da infraestrutura e não das componentes ativas da rede.

Os analistas destacam ainda que a resposta da Anacom a este reforço da parceria será relevante. "A reação do regulador a este acordo será importante, uma vez que tem defendido que Portugal precisa de mais concorrência", notam, relembrando que, "noutros países, este tipo de parceria estava, em alguns casos, aberta a outros operadores". Neste sentido, "poderá haver a tentação por parte do regulador para impor isso", rematam. 

As ações da Nos estão a subir 1,47% para 4,684 euros na sessão desta quarta-feira, sendo das cotadas do PSI-20 com a valorização mais expressiva. 
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