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“Cahora Bassa já é nossa”
"Cahora Bassa já é nossa". Foi com esta declaração que o presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, concluiu o seu discurso, após ter assinado com José Sócrates o protocolo que transfere para o Estado moçambicano 85% sobre a HCB.
"Cahora Bassa já é nossa". Foi com esta declaração que o presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, concluiu o seu discurso, após ter assinado com José Sócrates o protocolo que transfere para o Estado moçambicano 85% sobre a HCB.
Na sala principal do Conselho Municipal, em Maputo, onde decorreu a cerimónia, Guebuza quis deixar bem claro o significado histórico do acordo alcançado, considerado uma "segunda independência nacional". O presidente da República admitiu a existência de alguma "impaciência com o decorrer do processo negocial" e prometeu que agora se abre "uma nova página nas relações de amizade e cooperação" entre os dois países.
Guebuza salientou ainda que "o controlo da HCB não é um fim em si, mas sim um meio para acelerar o passo rumo ao almejado bem-estar dos moçambicanos".
As palavras de Guebuza foram subscritas por Afonso Dhlakama. O líder da Renamo, principal partido da oposição, marcou presença na cerimónia, explicando ao Jornal de Negócios Online que o protocolo "não se trata de política mas de uma vitória do povo de Moçambique".
José Sócrates, por seu turno, sublinhou que "todos os acordos são um encontro de confluências" atribuíndo a este um significado adicional "porque nele confluem a história do passado e a história do futuro" .
Sócrates concluiu na sua intervenção que este protocolo abre um novo capítulo nas relações entre os dois países e só foi possível porque foi assinado por "boa gente".
O jornalista está em Maputo a convite do Governo