O comissário europeu dos Transportes anunciou que vai propor a criação de uma lista negra mundial de companhias aéreas, na sequência da queda hoje, no Oceano Índico, de um aparelho da Yemenia.

"A ideia é constituir uma lista negra idêntica à existente na União Europeia", precisou Antonio Tajani, considerando que se se pretende melhorar a segurança importa avançar, a nível global, com uma iniciativa que tem funcionado ao nível europeu.

O ministro francês dos transportes afirmou que os inspectores do seu país detectaram numerosas falhas no Airbus A310-300 que hoje se despenhou com 153 pessoas a bordo. Tajani disse que os especialistas da Comissão vão contactar a Yemenia, garantindo a actualização em breve da lista negra europeia, da qual a companhia não faz parte.

Segundo acrescentou Antonio Tajani, as autoridades comunitárias vão tentar descobrir o que aconteceu, nomeadamente no que se refere ao cumprimento dos padrões de segurança aplicáveis.

O comissário assegurou o rigor observado no funcionamento da lista negra europeia de companhias aéreas,que incluiu mais de 200 transportadoras impedidas de voar para a Europa ou com operações condicionadas, mas ressalvou que apenas é considerada para os voos destinados aos países comunitários.

A maioria dessas companhias voa a partir da África, nomeadamente da Angola, Benin, República do Congo, Guiné Equatorial, Libéria, Serra Leoa e Swazilandia.