A britânica LogicaCMG está a mudar. Mudou de administradores, mudou de nome e quer introduzir também mudança nas suas subsidiárias, onde está integrada a portuguesa Edinfor.

Andy Green, o novo CEO da renovada Logica, tem uma palavra de ordem: crescimento. E esta estratégia encaixa na perfeição com Portugal, embora com pequenos ajustes. Andy Green confessa que a empresa tem "uma parceria importante com a EDP e pensamos que esta é uma boa altura para renegociar o contrato". O responsável, em conferência telefónica com os jornalistas portugueses, foi peremptório em dizer que "queremos crescer em Portugal".

A Logica quando adquiriu a primeira participação da Edinfor, em 2005, celebrou um contrato de "outsourcing", a 10 anos, com a EDP. Esta parceria, avaliada em 510 milhões de euros, poderá estar em processo de mudança. José Carlos Gonçalves, CEO da Logica Iberia, detalha que "num contrato tão longo, como este, é normal que existam ajustes, nomeadamente porque os "drivers" do cliente também mudam". Andy Green foi mais longe dizendo que os preços praticados no contrato, nestes primeiros dois anos foram baixos, daí a necessidade de revisão. Já José Carlos Gonçalves escusou-se a adiantar se isto poderia implicar uma revisão do valor do contrato, reiterando que "queremos oferecer o serviço mais adequado à EDP".

Ainda relativamente ao cliente EDP, Andy Green sublinhou a importância da subsidiária nacional crescer fora deste contrato com a eléctrica. "Queremos crescer noutras áreas, em Portugal e em Espanha, apesar de estarmos muito orgulhosos com o trabalho", acrescentou. No entanto, José Carlos Gonçalves confessa que a eléctrica, que vale mais de 50% da facturação da Logica em Portugal, continuará a ser o maior cliente. A Logica em Portugal conta com 1.040 pessoas. "Pensamos, durante este ano recrutar entre 90 a 100 pessoas na Iberia, essencialmente em Portugal", acrescentou o CEO da Logica Iberia.

No Brasil, onde a Edinfor e a Logica tinham duas subsidiárias, agora é formada uma única unidade, com cerca de 200 pessoas. José Carlos Gonçalves diz que a subsdiária nacional continua a "ter uma ligação forte com o Brasil, mas eles são autónomos".

E apesar de não revelar previsões de crescimento, José Carlos Gonçalves explica que "em 2007 levámos a cabo um processo de reestruturação intenso para construirmos as bases sólidas de negócio. Acredito que terminaremos 2008 no ponto de equilíbrio ou mesmo com um resultado marginalmente positivo".