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Brasileiros divididos entre ver a selecção ou trabalhar
A bola já começou a rolar no Mundial da Alemanha, mas só hoje entra em campo a selecção que parte à procura do hexacampeonato. O Brasil inicia a sua participação na «copa do mundo» frente à Croácia, e do outro lado do Atlântico milhões vão querer seguir o
A bola já começou a rolar no Mundial da Alemanha, mas só hoje entra em campo a selecção que parte à procura do hexacampeonato. O Brasil inicia a sua participação na «copa do mundo» frente à Croácia, e do outro lado do Atlântico milhões vão querer seguir os craques em directo na «telinha», o problema é a diferença horária.
Em 2002, no Mundial da Coreia-Japão, os adeptos da selecção «canarinha» tinham duas opções: dormir ou apoiar a equipa de Ronaldo e companhia. No Mundial da Alemanha os brasileiros também vão ter que fazer uma escolha: ver o jogo em directo ou trabalhar, isto porque os jogos do Brasil, da fase de grupos, vão disputar-se a meio da tarde e apenas um é ao fim-de-semana.
A maioria das empresas brasileiras deverá optar por fazer um acordo que permita aos funcionários a dispensa laboral e compensação das horas perdidas noutros períodos.
Algumas dessas companhias planeiam já a reposição do «tempo livre» com alguns minutos a mais por dia. No entanto, não existe na lei brasileira um documento que regule situações como esta e o empregador pode mesmo recusar-se a negociar, obrigando os funcionários a cumprir os seus horários de trabalho.
Segundo o jornal «Folha de São Paulo», nestes casos, se o funcionário faltar no dia do jogo e não apresentar uma justificação ou um atestado, verá o valor correspondente ao dia de trabalho e ao descanso semanal descontado no seu vencimento. No caso do jogo de hoje, o desconto também incluirá o facto de ser o feriado de «Corpus Christi».
No caso do funcionário abandonar o seu posto de trabalho mais cedo para acompanhar o jogo da sua selecção, terá as horas que deixou de cumprir descontadas.
Segundo vários advogados contactados pelo jornal brasileiro, são raros os problemas entre patrões e funcionários por causa do Mundial, ou mesmo devido ao Carnaval, e que, mesmo os empregadores mais rigorosos, também querem ver as suas estrelas a brilhar nos relvados alemães.
Faltar em dia de jogo da selecção pode resultar em redução no salário e numa advertência, mas o trabalhador não deve ser demitido «só» porque decidiu acompanhar os dotes futebolísticos de Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano pela televisão.