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Brasil é prioridade de crescimento para Banif

O Banif quer incrementar as suas operações no mercado brasileiro, agora que conseguiu a autorização do Banco Central para separar as actividades comerciais e da banca de investimento, elegendo o Brasil como a sua prioridade, que poderá representar, num pr

19 de Abril de 2005 às 18:50
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O Banif quer incrementar as suas operações no mercado brasileiro, agora que conseguiu a autorização do Banco Central para separar as actividades comerciais e da banca de investimento, elegendo o Brasil como a sua prioridade, que poderá representar, num prazo de cinco a seis anos, 15 a 20% dos lucros do grupo português.

Horácio Roque, presidente do Conselho de Administração do Banif, em São Paulo, falou que esta expansão só tem em conta o crescimento orgânico, estimado com o reforço das operações brasileiras. No entanto, outras aquisições, não estão descartadas.

«Podemos fazer outras aquisições, mas essa não é agora a nossa estratégia. Queremos desenvolver as actividades com a licença que nos foi concedida», relatou Horácio Roque, em conversa com jornalistas na sede do banco que vai ser transferida em Junho.

Em 2004, a actividade brasileira registou 3,8 milhões de reais (1,12 milhões de euros) de lucros, o que compara com os 38 milhões de euros obtidos pela globalidade da empresa. «hoje a actividade no Brasil não tem grande significado. O objectivo é que em cinco a seis anos, que ela ganhe expressão».

Este reforço surge num momento que o mercado ajuda e o grupo conhece melhor o mercado, disse o executivo.

Cinco balcões este ano

Com a licença concedida, o Banif Primus Brasil passa a Banif-Banco Internacioal do Funchal (Brasil) que assumirá as operações da banca comercial. Nesta área, o banco já apoia exportações e importações (trade finance), concede algum crédito ao consumo e aceita depósitos e levantamentos.

Para este ano, o número de balcões deve subir para cinco (três no Estado de São Paulo e dois no Rio de Janeiro). Em São Paulo, em Santos, Alphaville e Anália Franco. No Rio, na Barra da Tijuca e em Botafogo.

«Pensamos em alargar para outros estados. Mas não pensamos em ter uma grande rede de balcões. A expansão não vai ser muito rápida, à semelhança do que aconteceu em Portugal», detalhou o executivo português.

Em Portugal, o grupo conta com cerca de 320 balcões, com um crescimento anual de 10 a 20 novas sucursais por ano.

«No Brasil, essa média será mais reduzida», avançou a mesma fonte. A instituição financeira, em linha com outras congéneres portuguesas, quer captar mais clientes portugueses. "Cada vez mais os portugueses serão os nossos alvos», avançou.

Para Junho, o grupo também comprou uma nova sede de três andares num outro prédio na cidade de São Paulo.

Parcerias público-privadas

A parte de banca de investimento assume o nome de Banif Primus Banco de Investimento.

Nesta área, o banco tem a corretora Banif Primus Corretora, a homebroker, a Banif Primus Asset, entre outras unidades. A mudança societária «segue a especialização que nós também fizemos em Lisboa».

O grupo acredita que agora a banca de investimento começa a despertar mais interesse, também com a iniciativa governamental de investimentos público-privados.

«O mercado brasileiro está a mudar», avaliou Horácio Roque para explicar a intenção de expandir os negócios nas áreas de «project e corporate Finance».

A queda dos juros (esperada pelos analistas) também ajudará a fomentar este segmento de negócio. «A estabilização económica é o mais importante» para essa nova aposta do grupo nacional, afirmou o presidente do CA do Banif.

O banco quer também apostar no segmento de Fundos de Investimento Imobiliário, tendo já estruturado operações para o grupo Pestana.

*Correspondente em São Paulo

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