Notícia
BPI está disponível para vender 50% da Cosec
O Banco BPI admite vender a sua posição de 50% na companhia de seguros de crédito Cosec ao Estado, em função do resultado das negociações em curso com o Caixa Banco de Investimento (CaixaBI).
O Banco BPI admite vender a sua posição de 50% na companhia de seguros de crédito Cosec ao Estado, em função do resultado das negociações em curso com o Caixa Banco de Investimento (CaixaBI).
"O BPI está disponível para vender a totalidade ou parte da sua posição accionista na Cosec no quadro das negociações com o CaixaBI", adiantou fonte da instituição liderada por Fernando Ulrich ao Negócios.
Depois de o Governo ter mandatado o CaixaBI para negociar com o BPI, o regresso de metade do capital da seguradora a mãos estatais está apenas dependente do acordo entre as partes. De fora está, pelo menos para já, a Euler Hermes, que tem os restantes 50% da companhia e que já "informou o Governo português não estar a considerar vender as suas acções", segundo um comunicado divulgado na quinta-feira.
A entrada do CaixaBI neste processo abre a porta a que, em caso de acordo, venha a ser o grupo Caixa Geral de Depósitos a entidade a que o Estado entregará a gestão da sua participação no negócio dos seguros de crédito. No entanto, ainda não terá havido qualquer indicação nesse sentido.
A intenção do Estado recomprar a Cosec foi anunciada na semana passada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no debate quinzenal no Parlamento, na sequência de reivindicações nesse sentido feitas por várias associações empresariais. Em causa pode estar um investimento superior a 40 milhões de euros, caso ambos os accionistas aceitem vender. Isto tendo por base que as contas do BPI atribuem um valor de 20,3 milhões de euros a metade da companhia.
A pretensão do Governo mereceu aplausos por parte das associações empresariais mas suscitou críticas de vários gestores e economistas. Uma das últimas críticas partiu de António Borges, também vice-presidente do PSD. Para o economista, "se existe um problema em que os seguros de caução se tornaram mais caros [para as pequenas e médias empresas], o Governo tem muitas maneiras de resolver esse problema, nomeadamente através do resseguro e de outras formas de intervenção sem tomar conta do processo".
Também Miguel Cadilhe e Luís Mira Amaral, em declarações ao Negócios, criticaram a intenção de Sócrates. Já Daniel Bessa concorda que o regresso da Cosec às mãos do Estado pode ser positiva para as empresas portuguesas. MJG
"O BPI está disponível para vender a totalidade ou parte da sua posição accionista na Cosec no quadro das negociações com o CaixaBI", adiantou fonte da instituição liderada por Fernando Ulrich ao Negócios.
A entrada do CaixaBI neste processo abre a porta a que, em caso de acordo, venha a ser o grupo Caixa Geral de Depósitos a entidade a que o Estado entregará a gestão da sua participação no negócio dos seguros de crédito. No entanto, ainda não terá havido qualquer indicação nesse sentido.
A intenção do Estado recomprar a Cosec foi anunciada na semana passada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no debate quinzenal no Parlamento, na sequência de reivindicações nesse sentido feitas por várias associações empresariais. Em causa pode estar um investimento superior a 40 milhões de euros, caso ambos os accionistas aceitem vender. Isto tendo por base que as contas do BPI atribuem um valor de 20,3 milhões de euros a metade da companhia.
A pretensão do Governo mereceu aplausos por parte das associações empresariais mas suscitou críticas de vários gestores e economistas. Uma das últimas críticas partiu de António Borges, também vice-presidente do PSD. Para o economista, "se existe um problema em que os seguros de caução se tornaram mais caros [para as pequenas e médias empresas], o Governo tem muitas maneiras de resolver esse problema, nomeadamente através do resseguro e de outras formas de intervenção sem tomar conta do processo".
Também Miguel Cadilhe e Luís Mira Amaral, em declarações ao Negócios, criticaram a intenção de Sócrates. Já Daniel Bessa concorda que o regresso da Cosec às mãos do Estado pode ser positiva para as empresas portuguesas. MJG