Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Botín: Novo imposto à banca "não resolve" a crise nem a previne

Emílio Botín, presidente do grupo Santander, recusa a criação de um imposto para o sector, e realça que este tipo de impostos "não resolvem nenhuma das causas" da crise "nem ajuda a prevenir uma crise futura".

15 de Setembro de 2010 às 11:56
  • 2
  • ...
Segundo o “Cinco Días”, o presidente do grupo financeiro regozija-se com as resoluções de Basileia III, mas recusa a implantação de um imposto ao sector da banca, caracterizando essa eventualidade como uma medida “ineficiente e discriminatória” e “um obstáculo para a recuperação” económica.

Botín acrescenta que o “risco moral” desta medida seria alto, porque pressupõe que “as entidades com problemas serão resgatadas”.

Um novo imposto seria cego na diferenciação entre os bancos que foram resgatados e os que não foram. Outros sectores pediram ajudas estatais, acrescenta, e não se pensa impor a esses sectores um novo imposto.

Botín advoga, portanto, a devolução das ajudas pelos bancos resgatados e a criação de fundos de garantia de depósitos com “capacidade de intervenção em caso de crise”.

A “liderança do sector privado” na saída da crise deve ser palavra de ordem, com a “retirada progressiva” das ajudas estatais, segundo Botín, citado pelo periódico.

A banca deverá ser um dos motores da recuperação – terá um “papel chave”, segundo Botín – porque “não existe uma economia saudável sem uma banca saudável”, sendo necessário defender a banca depois de uma opinião pública que caracteriza de “sensível” aos acontecimentos dos últimos tempos no sector financeiro.

Com a “recuperação da confiança no sector”, diz Botín, “estabilizar-se-ão os mercados financeiros e o crédito voltará a fluir”. Uma diferenciação entre banca de investimento e banca comercial é necessária, com todos os requisitos a ser exigidos a um banco a dever ter em conta “as particularidades de cada entidade”.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio