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BNP Paribas interessado na Société Générale

O BNP Paribas confirmou que está a estudar o lançamento de uma possível Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Société Générale, numa altura em que a sua congénere francesa se debate com perdas decorrentes da gigantesca fraude alegadamente praticada po

31 de Janeiro de 2008 às 13:07
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O BNP Paribas confirmou que está a estudar o lançamento de uma possível Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Société Générale, numa altura em que a sua congénere francesa se debate com perdas decorrentes da gigantesca fraude praticada por um operador.

"Estamos a estudar essa hipótese porque todos os bancos da Europa o estão a fazer também", disse um porta-voz do banco.

As acções da Société Générale seguiam a subir 2,3%, para 83,70 euros, a meio da sessão em Paris, atribuindo ao banco um valor de mercado de cerca de 40 mil milhões de euros, uma semana depois de ter revelado perdas de 4,9 mil milhões de euros, que afirma terem sido causadas por um operador, Jerôme Kerviel.

O gestor do fundo GSD Gestion, Jacques Gautier, comentou à Reuters que uma fusão entre ambos os bancos seria boa opção para os accionistas dos dois lados. "De uma forma global, levaria a um aumento dos lucros", afirmou, acrescentando que em termos de rede da banca de retalho, a fusão duplicaria a capacidade do BNP.

"Esta é uma questão a ser tratada entre os accionistas e os conselhos de administração dos dois bancos", disse à Bloomberg David Martinon, porta-voz do presidente francês Nicolas Sarkozi.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, afirmou esta semana no Parlamento que o governo vai velar para que a Société Générale se mantenha em mãos francesas, o que leva a que se especule que o governo poderá privilegiar uma OPA do BNP de forma a afastar um pretendente estrangeiro. "A Société Générale é um grande banco francês e assim continuará a ser", disse Fillon, citado pela Bloomberg.

O "chairman" do BNP, Michel Pebereau, lançou uma OPA hostil sobre a Société Générale e sobre o Paribas em 1999, de forma a bloquear uma fusão amigável entre ambos. Acabou por conseguir ficar com o Paribas, mas o mesmo não aconteceu com a Société Générale. Desde então que tem havido alguma especulação em torno da possível fusão dos dois bancos. O seu irmão, Georges Pebereau, já tinha lançado uma OPA falhada sobre a Société Générale em 1988.

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