O acordo surge depois de o banco ter detectado que estava a violar a legislação de Massachusetts e ter comunicado essa situação a William Galvin, secretário de Estado de Massachusetts. Galvin ordenou então a restituição do dinheiro, salienta a mesma publicação, acrescentando que o montante não foi divulgado.

No entanto, segundo o "Boston Globe", o valor a restituir é de 1,7 milhões de dólares (1,3 milhões de euros), mais 6% de juros anuais.

Segundo informações do gabinete de Galvin, o BES reportou a actividade de venda de produtos não registados à Massachusetts Securities Division no mês passado, depois de uma sociedade de advogados externa ao banco ter analisado as suas transacções.

A referida sociedade de advogados, cujo nome o “Boston Business Journal” não refere, analisou também as reclamações recebidas pelo banco por parte dos clientes dos EUA relativamente a alegadas vendas não autorizadas.

Em 1997, uma das subsidiárias do BES abriu uma representação em New Bedford para ajudar os imigrantes portugueses a enviarem dinheiro para Portugal.

Mais tarde, a subsidiária expandiu os seus serviços, passando a incluir produtos não registados, o que viola a legislação de Massachusetts, explica a mesma fonte.

O "Boston Globe", que salienta também que esta situação foi descoberta pelo próprio BES através de uma investigação interna, refere que o banco terá vendido os referidos produtos financeiros a cerca de 5.800 norte-americanos desde 2004.