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BEI bate recorde de apoios a Portugal com 5,3 mil milhões de euros em 2021
Com 27 operações, Portugal viu mais do que duplicar o volume de apoios do BEI face a 2020. Foi, em percentagem do PIB, o segundo país que mais aproveitou. Em valor absoluto foi o quinto.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) entregou 5,3 mil milhões de euros a projetos em Portugal em 2021. O valor mais do que duplica o montante de 2020, representando um crescimento de 128% e um recorde.
O Grupo BEI, que inclui o banco e o Fundo Europeu de Investimento, apoiou 27 operações no país. Em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), Portugal foi o segundo maior beneficiário. Em termos de valores absolutos foi o quinto.
O BEI explica ainda que canalizou 92% da atividade em Portugal às necessidades de investimento das empresas, "proporcionando-lhes a liquidez necessária para investirem no futuro", lê-se no documento.
A instituição que tem como vice-presidente o português Ricardo Mourinho Félix (antigo secretário de Estado Adjunto e das Finanças na equipa do então ministro Mário Centeno) sublinha ainda o "papel fundamental" do Fundo de Garantia Pan-Europeu (EGF) no apoio às empresas portuguesas. Em 2021, o BEI assinou 16 operações do EGF em Portugal, num montante total de garantias superior a 1,8 mil milhões de euros. Estas garantias, deverão, acredita o organismo, "gerar cerca de 11,6 mil milhões de euros de financiamento em condições favoráveis para as empresas afetadas pela pandemia, sobretudo Pequenas e Médias Emrpesas.
O EGF foi criado no final de 2020 pelo BEI e por 22 Estados-Membros para ajudar as empresas da UE, em especial PME, a recuperar da crise. O instrumento tem um valor total de 24,4 mil milhões de euros. Desde dezembro de 2020, o BEI apoiou 401 operações individuais nos 22 países participantes.
O BEI sublinha que 92% dos apoios (4,9 mil milhões de euros) foram canalizados para PME. O valor, que quase triplica o de 2020, foi distribuído por 22 mil PME lusas.
Na atividade global, o BEI canalizou 95 mil milhões de euros para empresas na Europa e em projetos extra-comunitários, um aumento de 23% face a 2020. O valor resulta da soma de 65 mil milhões de euros em empréstimos com os cerca de 30 mil milhões de euros em garantias e capitais próprios concedidos pelo FEI. São os números mais elevados, escreve o BEI, dos 63 anos de história da instituição.