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BCP avança com processo de mais de três milhões contra Isabel dos Santos

De acordo com o portal Citius, o processo que deu entrada na quarta-feira, 07 de setembro, foi esta quinta-feira distribuído no Juízo Central Cível de Lisboa e tem o valor de cerca de 3,297 milhões de euros.

Isabel dos Santos era presidente do conselho de administração quando a Unitel deixou de pagar à PT Ventures.
Miguel Baltazar
08 de Setembro de 2022 às 19:11
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O Banco Comercial Português (BCP) interpôs uma ação contra ã empresária angolana Isabel dos Santos e uma sociedade por si detida, a Santoro Financial Holding, no valor de mais de três milhões de euros.

De acordo com o portal Citius, o processo que deu entrada na quarta-feira, 07 de setembro, foi esta quinta-feira distribuído no Juízo Central Cível de Lisboa e tem o valor de cerca de 3,297 milhões de euros.

Já em julho deste ano o BCP e o Novo Banco se tinham juntado numa ação contra Isabel dos Santos e duas sociedades suas - a Santoro Financial Holding e a Finisantoro Holding Limited -- um processo que corre no mesmo tribunal e que tem um valor de 17,414 milhões de euros.

Um ano antes, em julho de 2021, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco avançaram com um processo de 26,9 milhões de euros contra a empresária angolana, também no Juízo Central Cível de Lisboa.

Este último processo tem como réus Isabel dos Santos, a Kento Holding Limited, sediada em Malta, e a Unitel International Holdings BV, com sede nos Países Baixos, as sociedades que participam na Zopt, a empresa que representa a parceria entre a empresária e a Sonae na NOS.

As duas empresas em causa detêm as participações indiretas de Isabel dos Santos na NOS, que se encontram arrestadas.

Contabilizando apenas estes três processos, a banca tem ações em tribunal contra a empresária angolana no valor de quase 50 milhões de euros.

A este processo juntam-se outras ações em tribunal que envolvem a banca e a empresária, envolvida no escândalo Luanda Leaks, que levou ao arresto ou perda de participações em várias empresas nacionais, como a Efacec, que foi nacionalizada e está em processo de ser reprivatizada, com a venda da participação pública do Estado ao grupo DST.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em janeiro de 2020 mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que entretanto morreu, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

No final de 2020, a CGD, o BCP e o Novo Banco já se tinham juntado num processo relativo às sociedades Winterfell e Winterfell 2, detentoras da participação da empresária na Efacec.

Também há ações individuais da CGD e uma outra conjunta entre o BCP e o Novo Banco, de acordo com o jornal Expresso.
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