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Bancos poderão deixar de anunciar em meios como a rádio

Os bancos vão diminuir o investimento publicitário em meios como a rádio, em virtude das regras impostas pelo Banco de Portugal, as quais obrigaram as instituições bancárias a acrescentar uma série de informações sobre as condições de aquisição dos produtos financeiros nos seus anúncios.

13 de Novembro de 2009 às 15:02
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Os bancos vão diminuir o investimento publicitário em meios como a rádio, em virtude das regras impostas pelo Banco de Portugal no Aviso 10 de 2008, as quais obrigaram as instituições bancárias a acrescentar uma série de informações sobre as condições de aquisição dos produtos financeiros nos seus anúncios.

Essa convicção foi hoje transmitida por Fernando Paula, director de marketing do Banif, no debate “Os Desafios da Publicidade a Produtos Financeiros”, no Fórum Poupança e Investimento, realizado em Lisboa. “Vai fazer com que deixemos de utilizar a rádio e outros meios, onde a comunicação é confusa”, assegurou o director de marketing do banco presidido por Horácio Roque.

Fernando Paula reconhece que as intenções do Banco de Portugal foram positivas no sentido de acrescentar transparência à comunicação dos produtos financeiros, mas ressalva que as medidas do regulador não vieram resolver o problema. “O que pergunto é se o controlo está a ser feito momento certo. Por muita informação que se transmita na publicidade, o problema está no momento da pré-contratação e contratação de um produto financeiro”, defende, acrescentando que “não é a publicidade que vai ajudar na transparência e clarificação dos clientes no momento da aquisição dos produtos”.

Vítor Vasques, presidente do grupo Grey, não poupou críticas às medidas introduzidas pelo Bando de Portugal. “Em vez de aumentarem o controlo sobre os momentos essenciais da decisão do consumidor, que é quando se adquire um produto financeiro, fez-se regulação à publicidade, que já tem legislação”, disse. O responsável acredita ainda que a publicidade foi o sector afectado por este conjunto de regras por ser a actividade com maior exposição junto do público. “O ónus recaiu sobre a publicidade porque a actividade com maior exposição e, como tal, é mais fácil tomar medidas, pois estas têm maior impacto na opinião pública”.

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