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Banca financia ambiente com 42,5 mil milhões desde 2004

O crédito bancário concedido ao sector da produção e distribuição de electricidade, gás e água, entre Dezembro de 2003 e Julho de 2007, ascendeu a perto de 42, 5 mil milhões de euros, apurou o Água&Ambiente junto do Banco de Portugal.

13 de Novembro de 2007 às 20:51
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O crédito bancário concedido ao sector da produção e distribuição de electricidade, gás e água, entre Dezembro de 2003 e Julho de 2007, ascendeu a perto de 42, 5 mil milhões de euros, apurou o Água&Ambiente junto do Banco de Portugal.

O valor expressa a atenção que as instituições financeiras têm dedicado ao sector do ambiente e da energia. "Actualmente, é difícil imaginar algum investimento nestas áreas que não tenha sido financiado pela banca", realça João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

A questão do financiamento tem sido, aliás, encarada pela União Europeia como essencial para a resolução dos problemas ambientais, de forma duradoura. Só que o fim à vista dos quadros comunitários de apoio, já a partir de 2013; o Orçamento de Estado, marcado pelo apertado regime de restrições; e o facto dos "project finance" não poderem ser aplicados a muitos dos projectos cria a necessidade de surgirem formas alternativas de financiamento.

Jorge Rio Cardoso, professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e técnico do Banco de Portugal, acredita que a opção poderia passar pela criação de uma entidade especializada no financiamento de projectos de natureza ambiental.

Esta espécie de "Banco do Ambiente" seguiria uma lógica de mercado, apesar de poder conceder juros bonificados, deixando de lado os contratos programa ou a negociação política.

"O banco teria sobretudo capitais públicos, embora também pudesse incluir capitais privados. Mesmo com a existência de fundos comunitários, julgo que haveria lugar para uma entidade deste tipo, que poderia conceder empréstimos de muito longo prazo", defende Jorge Rio Cardoso.

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