Francisco Pinto Balsemão acusa o Governo de controlar a actividade televisiva. O patrão da Impresa considera que Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares com a tutela da comunicação social, está actuar "como se fosse o ministro da RTP e como defensor de um projecto [a proposta da nova Lei da Televisão] que, obviamente, é de domínio do poder político".

O patrão da Impresa manifestou-se por escrito a questões colocadas por vários jornalistas sobre a Lei da Televisão que será votada hoje na especialidade, baixando amanhã o documento à Assembleia da República para aprovação. Francisco Pinto Balsemão considera que Augusto Santos Silva está actuar "como se fosse o ministro da RTP e como defensor de um projecto [a proposta da nova Lei da Televisão] que, obviamente, é de domínio do poder político sobre o sistema de comunicação social, com prejuízo da conquista da liberdade de expressão do pensamento conseguida nos últimos 30 anos".

Para Balsemão a proposta de lei vem colocar em causa a competitividade das empresas do sector. "Esta proposta espartilha a actividade televisiva, cortando as aspirações de convergência multimédia que qualquer empresa de televisão privada deve ter".

O empresário critica ainda os poderes "excessivos" da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) que tem uma "intervenção permanente na programação, nos conteúdos e na publicidade".