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Autoridades chinesas alertam para risco da Fosun

O conglomerado chinês tem um vasto leque de investimentos em Portugal, onde detém a seguradora Fidelidade, e é acionista do BCP, da REN e do grupo dono dos hospitais da Luz.

Miguel Baltazar
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O grupo Fosun, que é acionista de várias empresas em Portugal, está a ser sob pressão na China. As autoridades do país pediram aos maiores bancos e empresas estatais do país para declararem o grau de exposição financeira ao conglomerado, avança a Bloomberg, citando fontes próximas do assunto.

Em Portugal, o grupo detém a seguradora Fidelidade, conta com uma participação de quase 30% no banco BCP ou mais de 5% da REN - Redes Energéticas Nacionais, através da Fidelidade. É também acionista do Grupo Luz Saúde, detentor de vários hospitais.

Vários reguladores, incluindo do setor bancário e o que fiscaliza os investimentos estatais, informaram as instituições sob a sua alçada de que deviam estar atentos ao grau de exposição à Fosun.

Já este ano a Fosun desfez-se do equivalente a dois mil milhões de euros em ativos, visando reforçar a liquidez, numa altura em que enfrenta pressão no mercado obrigacionista.


De acordo com a Bloomberg, a empresa não recebeu ainda qualquer notificação das autoridades. A agência contactou também o regulador responsável pelo património do Estado, que informou que esta prática é comum e já abrangeu outras empresas no passado, indicando ainda que as operações do grupo se mantêm saudáveis.

Em junho, a agência de notação financeira Moody's colocou o 'rating' da Fosun, atualmente com a nota de crédito Ba3, em revisão, para possível baixa.

Em comunicado, a vice-presidente da Moody's Lina Choi disse que decisão refletia a "preocupação" da agência, de que a "crescente aversão" ao risco, entre os investidores no mercado de dívida, pressione a liquidez já de si "escassa" da Fosun, numa altura em que se aproximava a data de vencimento de obrigações emitidas nos mercados chinês e internacional.

Na mesma nota, a Moody's apontou o risco de "contágio" e a "pressão adicional sobre a liquidez" das empresas e subsidiárias do conglomerado.
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