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Autoridade brasileira pede suspensão da venda dos supermercados Sé

A Secretaria de Acompanhamento Económico (Seae) do Ministério da Fazenda pediu ontem a suspensão da venda dos supermercados Sé da Jerónimo Martins no Brasil ao Grupo Pão de Açúçar para prevenir efeitos anti-competitivos no Estado de São Paulo.

30 de Julho de 2002 às 12:51
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A Secretaria de Acompanhamento Económico (Seae) do Ministério da Fazenda pediu ontem a suspensão da venda dos supermercados Sé da Jerónimo Martins no Brasil ao Grupo Pão de Açúçar para prevenir efeitos anti-competitivos no Estado de São Paulo.

Em comunicado, a Seae avança que entregou o pedido cautelar ao Conselho Administrativo de Defesa Económica (Cade), responsável pela concorrência no Brasil, que terá que dar um parecer sobre este negócio.

Aquela entidade justifica a suspensão pelo facto de «prevenir efeitos anti-competitivos» no sector de supermercados no Estado de São Paulo, visto que o Grupo Pão de Açúcar, com esta compra, passou a liderar aquele mercado.

A compra dos Supermercados Sé da Jerónimo Martins [JMR] envolve 60 lojas situadas em 15 cidades no Estado de São Paulo, tendo a distribuidora nacional que controla os supermercados Pingo Doce encaixado 143 milhões de euros nesta operação.

No comunicado veiculado ao mercado, por altura do anúncio da operação, a distribuidora nacional liderada por Soares dos Santos não adianta se a concretização da operação estaria dependente da autorização das entidades competentes locais.

Não foi possível contactar fonte da oficial da JM para comentar a situação.

Segundo uma decisão recente da Cade, que suspendeu uma operação semelhante à venda da Sé, citada pelo jornal brasileiro «Valor Económico», as duas redes de supermercados envolvidas na operação ficaram impedidas de modificar a estrutura de logística e de distribuição de produtos, demitir funcionários, fechar estabelecimentos de trabalho e alterar suas marcas.

A venda da Sé deverá permitir à segunda maior distribuidora nacional chegar aos lucros ao longo do segundo semestre deste ano.

As acções da JM cotavam nos 6,65 euros, a cair 3,53%.

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