A Associação Espanhola de Banca (AEB) prevê que a economia espanhola cresça 0,5% em 2011, o que implica uma taxa negativa no último trimestre do ano, a qual poderá alongar-se ao primeiro semestre de 2012.

De acordo com o relatório económico e financeiro da AEB, citado pelo “Cinco Días”, o balanço deste ano será pior que o inicialmente esperado, pelo que será necessário combinar políticas de austeridade e ao mesmo tempo impulsionar a actividade económica.

Segundo a AEB, o final de 2011 irá saldar-se com uma nova destruição do emprego e um aumento do desemprego, assim como um aumento médio dos preços do consumo superior a 3% e um diferencial com a Zona Euro em torno de meio ponto percentual.

Relativamente ao défice, a AEB considera possível que o Estado cumpra o seu objectivo em 2011. A entidade bancária avalia que a economia “enfrenta uma situação crítica” que requer “sem demora, uma actuação firme e incisiva”. Na sua opinião, “o crescimento estagnou e a destruição de emprego levou o desemprego para níveis inaceitáveis”.

A AEB indica também que para superar esta situação as políticas “não podem limitar-se a ajustar os desequilíbrios”. Os mercados “só voltaram a conquistar a confiança se sentirem que estão restabelecidas as bases do crescimento capaz de fazer frente à dívida”.

Quanto à crise financeira, a AEB considera fundamental que a utilização dos fundos públicos seja “estritamente condicionada à criação de entidades sólidas rentáveis”. A associação indicou que nesta “profunda” crise há que reestruturar “algumas entidades” que, devido ao seu modelo de negócio, têm “dificuldade de acesso aos mercados ou falta de rentabilidade”.