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Arsenal do Alfeite aberto a privados

O Governo decidiu abrir a exploração do Arsenal do Alfeite a privados. A empresa continuará, para já, 100% pública, mas a infra-estrutura poderá passar a ser utilizada por outros operadores. Andreia Ventura, vogal da Administração do Porto de Lisboa, é a nova presidente da única construtora naval do Estado português.

21 de Abril de 2015 às 16:00
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Dos cinco cenários contemplados no estudo da "Situação competitiva, e cenários de evolução e soluções de reestruturação da Arsenal do Alfeite, SA", incluindo o de privatização, encomendado pela "holding" estatal Enpordef à consultora de Augusto Mateus (antigo ministro da Economia), o Governo escolheu a que propõe a transformação do Alfeite numa "plataforma naval global".

 

O Governo optou pelo solução número 3 do estudo, que passa pela "criação de um pólo de manutenção e reparação naval militar e civil, com a separação entre a área de operação e a infra-estrutura, que poderá ser utilizada por outros operadores".

 

De acordo com o mesmo estudo, a que o Negócios teve acesso, com esta reestruturação do Alfeite "pretende-se estabelecer um centro de competências navais que explore sinergias entre as entidades do Sistema Nacional de Investigação e Inovação e as empresas públicas e privadas, e uma plataforma de promoção do empreendedorismo e formação de recursos humanos, criando um espaço privilegiado de incubação de novas actividades alinhadas com a 'Economia do Mar e da Defesa'"

 

Esta solução de "plataforma naval global" será construída "a partir da actual realidade" da empresa Arsenal do Alfeite, tendo desde já definido um cronograma de acções a implementar nos próximos meses.

 

A primeira medida avança já amanhã, 22 de Abril, com a tomada de posse da nova administração da empresa, que terá como presidente Andreia Ventura, vogal da Administração do Porto de Lisboa e que foi adjunta da socialista Ana Paula Vitorino, antiga Secretária de Estado dos Transportes. A equipa de gestão ficará completa com Miguel Silva Pereira e o Contra-almirante Rapaz Lérias.

 

No curto prazo, será também criada um grupo de trabalho multidisciplinar, em articulação com outros ministérios, tendo em vista "a identificação, quantificação e priorização dos investimentos a realizar"; a reorganização da estrutura do estaleiro por áreas de negócio; a criação de parcerias e colaborações internacionais; devendo ainda ser "estudada e construída uma passagem exclusiva entre a via pública e a área concessionada" do Arsenal do Alfeite.

 

A médio prazo, a infra-estrutura que corporiza o Arsenal do Alfeite será autonomizada "tendo em vista a criação de condições para rentabilização do espaço não necessário à actividade" da empresa estatal, "podendo ser disponibilizado para outras actividades no domínio da economia do Mar e da Defesa, criando um verdadeiro ‘Centro de Competências do Mar’".

 

Toda a infra-estrutura será alocada a uma entidade gestora, que "alugará ou subconcessionará a utilização do espaço, cuja receita será utilizada na manutenção e desenvolvimento do pólo".

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