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API quer mil milhões de investimento indiano e fábrica de medicamentos

A visita presidencial à Índia pretende abrir as portas aos negócios indianos em Portugal e a Agência Portuguesa para o Inves timento (API) está a tentar negociar uma fábrica de medicamentos, da "gigante" farmacêutica indiana Rambaxy.

14 de Janeiro de 2007 às 21:28
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A visita presidencial à Índia pretende abrir as portas aos negócios indianos em Portugal e a Agência Portuguesa para o Inves timento (API) está a tentar negociar uma fábrica de medicamentos, da "gigante" farmacêutica indiana Rambaxy.

O presidente da API, Basílio Horta, que está a acompanhar a visita de oito dias do Presidente Cavaco Silva à Índia, revelou que o seu objectivo é, a mé dio e longo prazo, conseguir mil milhões de euros de investimentos indianos em P ortugal em áreas como biotecnologia, farmacêutica, tecnologias de informação, co municações e turismo.

"Mil milhões em investimento é o nosso objectivo. Para a Índia é pouco e para nós seria um excelente contributo para o investimento estrangeiro e também para a nossa balança de pagamentos", afirmou.

E a opção pela Índia é, para o ministro da Economia, Manuel Pinho, que está a acompanhar a visita presidencial, "uma prioridade", a par de outro país a siático e potência emergente - a China.

Apesar de não existir um acordo concreto, Basílio Horta revelou ter mantido contactos com o presidente da farmacêutica indiana Rambaxy durante a sua es tadia em Nova Deli e que "há campo aberto" para as "negociações prosseguirem" numa tentativa de levar este investimento para Portugal.

À margem de um seminário económico com empresários portugueses e indianos, na capital da Índia, onde Cavaco Silva fez um apelo ao investimento em Portu gal, "um país de oportunidades", Basílio Horta avaliou o trabalho já feito e apo ntou metas.

Por exemplo, em Goa, poderá haver possibilidades de investimento de empresas de turismo portuguesas numa região com muitos quilómetros de praias, no Mar da Arábia, e com uma ligação histórica a Portugal, de que foi colónia até 1961 .

Na construção civil, diz o presidente da API, há "muitas possibilidades " para as empresas portuguesas dado que o Governo indiano planeia investimentos "de muitos biliões de dólares, a médio prazo", em infraestruturas, como estradas e pontes.

Os famosos "call-centers" da Índia poderão ser uma experiência possível , nomeadamente os centros de terceira geração, multilínguas.

Basílio Horta tem também "muitas esperanças" numa parceria entre a port uguesa Biotecnol e a BIOCON, empresa de biotecnologia com sede em Bangalore, que começou por exportar enzimas para amaciar a carne e clarear a cerveja e é hoje uma empresa de ponta.

A última paragem da comitiva presidencial pela Índia é precisamente Ban galore, onde Cavaco Silva chega na próxima terça-feira, depois de escalas em Goa e Bombaim.

Para apoiar os negócios que eventualmente venham a ser concretizados, v ai ser criada, a breve prazo, uma delegação em Nova Deli da AICEP, que juntará f unções e competências da AIP com o ICEP Portugal - Investimento, Comércio e Turi smo, e um escritório em Bombaim.

"É preciso dar sequência aos contactos feitos durante estas visitas de Estado", justificou.

"Nós [API] tentamos ajudar, abrir as portas. Agora, quem faz os negócio s são os empresários", adiantou Basílio Horta.

Durante os oito dias da visita de Estado do Presidente da República à Í ndia, estão previstos quatro seminários económicos, um por cada cidade onde pass ará a comitiva - Nova Deli, Goa, Bombaim e Bangalore - e todos contarão com a presença de Cavaco Silva.

 

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