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APAVT considera positiva a criação do Instituto Português de Turismo

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) considera positivo o princípio da criação do Instituto Português de Turismo (IPT), apresentado pelo Governo no âmbito do PRACE, alertando para a inexistência de uma tutela efectiva do secto

31 de Março de 2006 às 16:21
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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) considera positivo o princípio da criação do Instituto Português de Turismo (IPT), apresentado pelo Governo no âmbito do PRACE, alertando para a inexistência de uma tutela efectiva do sector no seio do executivo e reitera a necessidade de criação de um ministério do Turismo.

«A criação do IPT é, no seu conceito, uma medida que nos merece apoio porque reflecte o que sempre temos defendido», disse o presidente da APAVT, João Passos, acrescentando que «naturalmente, há ainda questões a analisar antes de uma posição definitiva, nomeadamente aspectos relacionados com a orgânica, competências, financiamento até porque, como qualquer grande casa, a sua construção não se resume a uma sala apenas mas sim a diversas assoalhadas».

A APAVT refere ainda que «há que assegurar que o Governo nomeia para este novo organismo alguém que tenha claramente competência e experiência no sector, nomeadamente nas áreas da promoção turística, da formação, gestão de investimentos e incentivos e, acima de tudo, que tenha um perfil dialogante com as empresas e organizações associativas».

Esta associação sublinha que «o Turismo sente-se órfão de Tutela neste Governo» e que a importância estratégica do Turismo para o país fica porém longe de se esgotar nesta medida.

Continuando a sua crítica ao governo, João Passos refere que «o Turismo sente-se órfão de Tutela neste Governo», e que na orgânica do executivo de José Sócrates o papel do secretário de Estado de Turismo «foi claramente secundarizado, retirando-lhe o necessário peso político e operacional, remetido para uma existência puramente virtual». 

«Não duvidamos das boas intenções do Dr. Bernardo Trindade mas os factos demonstram a evidência da sua limitação na acção governativa», acrescenta dizendo que «o Governo anuncia remodelações, políticas e outras iniciativas de diversa natureza a que o secretário de Estado se não está, pelo menos demonstra estar completamente alheio, não as assumindo perante o sector, não ouvindo o sector e, na verdade, não constituindo para o sector a referência de diálogo, a ponte com o executivo que deveria ser enquanto órgão tutelar».

João Passos sublinha que Bernardo Trindade «permanentemente remete todos os assuntos para o Primeiro-Ministro, o ministério da Economia ou mesmo outras secretarias de Estado. Desta forma, ao invés de uma tutela, vemo-nos confrontados com uma multiplicidade de tutelas que entravam o sistema e inibem a iniciativa privada de continuar a desenvolver, como é o seu papel fundamental, a criação de riqueza para o País».

A APAVT sugere que deveria haver um único órgão, ao nível de ministério, que respeite a transversalidade da actividade, constituindo-se como tutela única e com o poder político.

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