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António Carrapatoso compra negócio de “food trucks"

Um fundo de investimento gerido por António Carrapatoso adquiriu a marca de viaturas Kiosque Street Food. O antigo presidente da Vodafone vai reforçar a fábrica do Cartaxo e dar mundo aos “food trucks” nacionais.

Sábado
15 de Setembro de 2016 às 00:01
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António Carrapatoso, antigo presidente da Vodafone, entrou no negócio dos carrinhos de "street food". "A Verso Move vendeu 70% da marca Kiosque Street Food a um fundo de investimento gerido por António Carrapatoso", revelou, ao Negócios, Luís Rato, gestor desta empresa especializada na transformação de veículos de transporte de cavalos (que ficou de fora desta operação) e na criação de viaturas de comida de rua.

"O negócio concretizado não visa o financiamento do projecto, mas antes a projecção do conceito de ‘food trucks’ a nível mundial, através do aumento da capacidade de produção e reforço do ‘know-how’ da equipa para ampliar a oferta de soluções apresentadas a um mercado que continua a crescer a bom ritmo", explicou Rato. Em equação "poderá estar a abertura de uma unidade produtora de fibra, possivelmente em Barcelona".

A Kiosque Street Food, que fabrica os seus "food trucks" numa unidade industrial situada no Cartaxo, vendeu "cerca de 150" viaturas no ano passado, 20% das quais nos mercados externos".  Espanha gerou "aproximadamente 70%" das exportações.

Em termos agregados, incluindo o segmento de "horse trucks", a Verso Move, que é detida pelos empresários Sérgio Aleixo e Pedro Escudeiro (50%/50%), "facturou 6,3 milhões de euros em 2015, mais um milhão" do que no ano anterior. "Ser a melhor empresa a nível mundial de ‘food trucks’ é o objectivo principal que motivou esta operação" com o fundo de Carrapatoso.

Contactado para prestar esclarecimentos sobre esta operação, António Carrapatoso não se mostrou disponível para falar directamente com o Negócios. Preferiu responder através de um "e-mail" assinado pelo seu secretariado, onde começa por confirmar que "não tem nenhuma participação directa em nenhuma empresa que se dedique ao negocio ‘street food’".

Optou então por elencar, sem identificar, aquilo que são os seus interesses sectoriais: "Para além das participações directas" que detém, Carrapatoso "possui  igualmente participações indirectas através de diversos veículos, incluindo fundos, muitas vezes em co-investimento com outros investidores, em áreas de actividade diversas, desde a agricultura,  passando pelo ‘media’ e ‘conteúdos’, e pelo imobiliário e turismo, até aos bens e serviços transaccionáveis".

Perante a insistência do Negócios, o secretariado do antigo presidente da Vodafone respondeu, ainda via "e-mail", que António Carrapatoso  "prefere não comentar situações ocorridas em participações ou investimentos indirectos".



"Street food" vale 5,7 milhões O negócio de comida de rua anda sobre rodas em Portugal. Literalmente. De acordo com a Street Food Portugal, este mercado fechou 2015 a valer cerca de 5,7 milhões de euros, mais 81% do que no ano anterior. Operavam então no nosso país 205 empresas dedicadas a este negócio – "mais 100 desde Abril de 2015", enfatiza a mesma associação. Cerca de dois terços das empresas actuavam em Lisboa, 12% no Porto, 10% no Algarve e outros 10% em Cascais. No final de 2015, existiam 268 "food trucks" espalhados pelas ruas do país, dando emprego a 410 pessoas, o que traça uma média de dois por negócio. Ainda segundo dados fornecidos pela Street Food Portugal, uma associação criada há cerca de ano e meio, o "payback" (retorno do investimento) deste negócio demora uma média de 25 meses – "entre os nove meses e os três anos" por "food truck", detalhou. A grande prioridade dos empresários do sector (50% das respostas) é a "resolução dos entraves ao licenciamento".



origens Mapa mundo de sabores pela rua da História A ONU calcula que 2,5 mil milhões de pessoas recorrem diariamente à chamada "comida de rua". No "site" da Associação Portuguesa de Street Food encontram-se factos curiosos sobre as suas origens...

Peixe frito na Grécia, espetadas na Turquia
Pequenos peixes fritos eram a "street food" na Grécia antiga, enquanto na época renascentista, na Turquia, existem relatos de cruzados que garantem ter visto vendedores que transaccionavam "espetadas perfumadas de carne quente", incluindo frango e cordeiro assados no espeto.

Kebabs de cordeiro e bolinhos no Cairo
Um viajante florentino relatou, nos idos do século XIV, que no Cairo as pessoas carregavam panos de piquenique feitos de couro cru para que se pudessem sentar nas ruas e fazer as suas refeições de "kebabs" de cordeiro, arroz e bolinhos, que haviam comprado a vendedores ambulantes.

Nas ruas de Londres e da Transilvânia
A "street food" na Londres vitoriana incluía tripas, sopa de ervilha, vagens de ervilha em manteiga, búzios, camarões e enguias. Já na Transilvânia, no ano de 1800, os vendedores ambulantes de alimentos vendiam pão de gengibre e nozes, natas misturadas com milho, bacon e outras carnes fritas em pequenos vasos de cerâmica com brasas no interior.
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