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ANAREC defende que Governo devia flexibilizar ISP quando há aumento dos preços

O presidente da ANAREC, Virgílio Constantino, defendeu hoje que o Governo flexibilize o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

19 de Março de 2012 às 10:59
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O presidente da ANAREC, Virgílio Constantino, defendeu hoje que o Governo flexibilize o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), como forma de equilibrar os aumentos do preço dos combustíveis que estão a ameaçar a sobrevivência do sector.

"Perante os problemas que se vão registando à volta dos combustíveis, o Governo deveria fazer um esforço no sentido de aligeirar a carga fiscal. Não direi no IVA porque provavelmente será muito complexo, mas na carga do ISP", afirmou à agência Lusa Virgílio Constantino, no dia em que a gasolina e o gasóleo voltaram a ficar mais caros.

"Julgo que o Governo deveria utilizar o ISP como um flutuador, de maneira a poder equilibrar sempre que se registam subidas abruptas do preço dos combustíveis", defendeu.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), o sector está "no limite da sobrevivência", cenário que é complicado pelos "últimos aumentos sucessivos" do preço da gasolina e do gasóleo.

"Os revendedores e funcionários estão a braços com uma crise que começou em 2007/2008 e que tem vindo a agravar-se de uma forma muito concreta, e este último aumento tem vindo a trazer alguma perturbação ao sector de combustíveis", disse.

O presidente da ANAREC disse ainda notar uma "forte quebra" no consumo de combustíveis.

"A média nacional [apresenta] uma quebra aproximada de 7 a 8 por cento em termos dos produtos que mais se vendem: a gasolina e o gasóleo", avançou.

"Relativamente à rede de abastecimento de combustíveis, registam-se valores que não são muito iguais: há zonas de fronteira em que a quebra chega a atingir os 75 por cento, há zonas no litoral em que anda nos 10 a 20 por cento e no centro ronda os 20 a 30 por cento", especificou Virgílio Constantino, sublinhando que globalmente "se registam quebras muito significativas, que afectam de uma forma muito violenta a actividade e a rentabilidade dos postos e a sua sobrevivência".

O preço dos principais combustíveis, que já aumentou mais de 75 por cento desde 2004, voltou a subir hoje, reflectindo a cotação média dos produtos energéticos nos mercados internacionais.

O aumento destes preços deverá ser inferior ao registado no início da semana passada. De acordo com fonte do sector, na última semana, as cotações médias da gasolina subiram 3,4 por cento e as do gasóleo 2,1 por cento, quando na semana anterior tinham aumentado 3,82 e 3,31 por cento, respectivamente.

De acordo com dados da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGGE), relativos a sexta-feira, o preço médio do litro de gasóleo comercializado no continente é de 1,475 euros e o da gasolina é de 1,675 euros.

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