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Altos quadros da Altice investigados por suspeitas de branqueamento e fraude fiscal
Armando Pereira é o principal alvo de uma operação do Ministério Público e da Autoridade Tributária. A casa de Hernâni Vaz Antunes também está a ser alvo de buscas. PGR confirma que buscas resultam de suspeitas de corrupção e fraude fiscal.
Armando Pereira, número dois da Altice, logo atrás de Patrick Drahi, o francês que lidera a empresa a nível mundial, é o principal alvo de uma operação do Ministério Público e da Autoridade Tributária.
As autoridades estão esta quinta-feira a efetuar buscas na casa de férias de Armando Pereira, em Guilhofrei, Braga. A investigação aproveitou o facto de o número dois da Altice se encontrar de férias no País para efetuar as buscas e ouvir Armando Pereira.
Este e outros gestores são suspeitos de crimes de branqueamento, fraude fiscal, entre outros, na alieanação de um conjunto de prédios do antigo fundo imobiliário da Marconi, situados na zona de Picoas, em Lisboa, e avaliados em centenas de milhões de euros.
A casa de Hernâni Vaz Antunes, nome ligado a Armando Pereira, também está a ser alvo de buscas. Vaz Antunes e Armando Pereira estão ligados há vários anos e têm vários negócios em comum.
Altice confirma buscas
A Altice Portugal "confirma que foi uma das empresas objeto de buscas" pelas autoridades "em cumprimento de mandado do Ministério Público no âmbito de processo de investigação em curso", disse à Lusa fonte oficial.
A dona da Meo "encontra-se a prestar toda a colaboração que lhe é solicitada. A Altice Portugal estará sempre disponível para quaisquer esclarecimentos", referiu a mesma fonte.
PGR confirma que buscas resultam de suspeitas de corrupção e fraude fiscal
A informação sobre a operação foi revelada ao final da manhã pela CNN Portugal, que indicou a suspeita das autoridades sobre a eventual simulação de negócios e a ocultação de proveitos na alienação de património imobiliário da antiga PT.
Um dos negócios que se encontra sob suspeita está alegadamente ligado à venda de quatro prédios em Lisboa por cerca de 15 milhões de euros.
Segundo o canal, os compradores dos edifícios têm ligações a um circuito empresarial que foi montado em Braga, na Zona Franca da Madeira e no Dubai, com um esquema para circulação de capitais e devolução dos mesmos aos vendedores, resultando em prejuízos para a Altice Internacional e para o Estado.
(Notícia atualizada às 15:40 com PGR)