O juiz da Audiência Nacional espanhol decidiu colocar em liberdade condicional, sem fiança, o fundador da Afinsa, o português Albertino de Figueiredo, bem como outros três dirigentes e um provedor da empresa, detidos há cerca de um mês no âmbito da burla dos selos.

A decisão foi tomada hoje pelo juiz Santiago Pedraz, que deixou claro que continuam a existir motivos para afirmar que todos eles são responsáveis criminalmente pelos delitos que lhes são imputados.

Albertino de Figueiredo, Juan Antonio Cano Cueva e os conselheiros Vicent Martin Peña e Carlos de Figueiredo, bem como o provedor de selos Francisco Guijarro, deverão abandonar estar tarde a prisão de Soto del Real, onde estão detidos há mais de um mês.

A liberdade condicional hoje concedida implica como medidas de controlo a apresentação dos cinco responsáveis da Afinsa a presença de três em três dias na Audiência Nacional, a proibição de abandonar o país e de entregar o passaporte.

Para além disso, os membros da Afinsa deverão também entregar um número de telemóvel para que possam ser facilmente localizados.

A burla dos selos «estalou» no passado dia 9 de Maio, no âmbito da operação «Atrio» que levou a cabo buscas às instalações da Afinsa e do Fórum Filatélico, deixando a descoberto uma presumível burla piramidal relacionada com a compra e venda de selos que afecta mais de 350 mil investidores em Espanha.