A Air Luxor anunciou hoje que vai mudar o nome para Hi Fly, uma reorganização que vai custar 2 milhões de euros, mas com a qual prevê ganhos de eficiência de 6 milhões de euros em 2006.

Segundo noticiou a Lusa, o presidente da companhia aérea, Paulo Mirpuri, apontou três razões para a mudança de nome: «refreshing» da marca que já tem 20 anos, necessidade de distanciar-se de duas companhias áreas que operam na Europa com nomes semelhantes e valorização da focalização no cliente através de investimentos em tecnologia.

A Hi Fly prevê para o próximo ano transportar 1,2 milhões de passageiros, obter um volume de negócios de 200 milhões de euros e registar resultados antes de impostos de 10 milhões de euros.

A nova marca para a aviação comercial do grupo vai ser implementada primeiro nos voos charter e numa segunda fase nos voos regulares, devendo o projecto estar concluído dentro de um ano.

A mudança de nome corresponde ainda, segundo Paulo Mirpuri, à preparação da empresa para uma nova fase de crescimento que passará pelo reforço das actuais rotas e pelo aumento da frota a partir de Maio de 2007.

Paulo Mirpuri anunciou ainda que a rota para S.Tomé e Príncipe terá mais um voo semanal enquanto as rotas para a Guiné Bissau e Praia (Cabo Verde) terão mais dois voos semanais a partir da primeira semana de Dezembro.

A companhia está a analisar o lançamento de novas rotas para África e Médio Oriente, continuando interessada em voar para o Brasil.

A «refundação» da companhia, segundo Paulo Mirpuri, passa igualmente pela modernização dos seus processos organizacionais e tecnológicos através da introdução do e-ticketing em todas as rotas, a emissão de cartões de embarque por códigos de barras e o check-in automático, incluindo a possibilidade de o fazer através da Internet ou de telemóvel.

A Hi Fly espera alcançar este ano resultados semelhantes aos de 2004, com um volume de negócios entre os 160 e os 170 milhões de euros e um resultado positivo de um milhão de euros.

Para o próximo ano, Paulo Mirpuri prevê um aumento do volume de negócios para 200 milhões de euros através do reforço da utilização dos aviões de 10 para 14 horas diárias.

O presidente da companhia afasta um cenário de despedimento de trabalhadores, afirmando esperar «fazer mais com o mesmo número de trabalhadores». Numa terceira fase, o grupo vai ainda alterar o nome do seu operador turístico a que passará a chamar Hi Fly Holidays.