A American International Group, maior seguradora do mundo, disse que um erro contabilístico durante 14 anos, poderá ter inflacionado os seu resultados em até 1,7 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).

Segundo a mesma fonte, as transacções com as resseguradoras, nomeadamente com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, foram estruturadas para manipular as contas da empresa. A AIG adiou a apresentação do seu relatório anual pela segunda vez e disse que corrigir os erros poderá resultar numa nova apresentação de resultados.

A AIG está a tentar restabelecer a credibilidade com os investidores depois de disputas legais devido a potenciais contas enganadoras terem feito com que as suas acções desvalorizassem 21% nas últimas seis semanas. O presidente da companhia, Maurice Greenberg, foi já demitido.

A Securities and Exchange Comission e o procurador geral de Nova Iorque, Eliot Spitzer, estão a averiguar se as empresas, nomeadamente a AIG, usaram cobertura de outras seguradoras para distorcer as suas contas.

Os contratos estabelecidos há quatro anos com a Berkshire’s General Re foram «impróprios», disse a AIG, acrescentando que utilizou empresas resseguradoras offshore de forma inapropriada, para levar vantagem dos benefícios fiscais.

Os acordos de ressegurados com a Union Excess Reinsurance inflacionaram os resultados em 1,1 mil milhões de dólares desde 1991, disse a mesma fonte. Os erros vão representar uma correcção de pelo menos 2% no capital próprio.