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AICEP reforça presença na Irlanda e China

A AICEP vai reforçar a rede externa na China e Irlanda. E vai ter mais gente a captar investimento na União Europeia, Estados Unidos e Brasil, de acordo com o plano estratégico 2017-2019.

Miguel Baltazar
04 de Outubro de 2017 às 14:08
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A AICEP já traçou o seu plano estratégico para o triénio que termina em 2019. A rede externa da entidade que capta investimento e apoia a internacionalização das empresas tem uma rede externa de 66 pontos. Luís de Castro Henrique, que assumiu a presidência da AICEP este ano depois da saída de Miguel Frasquilho, assume que "onde estamos, estamos bem". Mas admite fazer algumas alterações cirúrgicas.

Por exemplo na China e na Irlanda, a ideia é ter uma cobertura maior, com novos pontos de rede. Na China, já tem presença em Pequim, Xangai e Macau, e admite reforçar em Cantão, onde foi aberto um consulado. 

Além do reforço da rede na China e Irlanda, a AICEP pretende ter mais especialistas de captação de investimento (designados pela AICEP como FDI Scouts) em três mercados: União Europeia, Estados Unidos da América e Brasil. 

Quanto a delegações noutros países, depois de ter aberto a delegação na Argentina, está para breve a abertura da delegação em Cuba, o que acontecerá no final deste mês, e na Tailândia, que deverá acontecer só no início de 2018.

Não haverá novos mercados para abrir delegações, e Gana e Nigéria continuam retiradas do plano.

Para a AICEP há, neste momento, 17 mercados considerados core: Alemanha, França, EUA, Reino Unido, China, Japão, Espanha, Angola, Brasil, Itália, Marrocos, Bélgica, Polónia, Rússia, Suécia e Canadá, tendo em conta o potencial das exportações e do investimento estrangeiro.

A CPLP é também uma aposta. Para Luís de Castro Henriques Portugal tem de se posicionar como país de plataforma para operar nestes mercados não apenas para as empresas europeias como também do Extremo Oriente. 

E neste aspecto a AICEP garante que vai agora "ver medidas tangíveis que possam ser implementadas" nomeadamente ao nível de uma preocupação dos empresários que é a da mobilidade entre os vários países. Trata-se da questão dos vistos, mas não só, especificou o presidente da AICEP. Luís de Castro Henriques não se alargar sobre considerações sobre Angola, mas diz que há um entrosamento com Angola a nível empresarial que faz com que o país seja uma aposta de médio e longo prazo. As empresas terão "de nós o apoio necessário para continuarem a trabalhar bem em Angola", concluiu.

Um milhão para o digital

A AICEP vai investir um milhão de euros para fazer o que diz ser a transformação digital do organismo. Luís de Castro Henriques, presidente da Agência de Investimento, revelou que a entidade vai reformular o canal de atendimento digital e disponibilizar novas ferramentas.

O objectivo é chegar a mais empresas.

Havendo cerca de 23 mil exportadoras, e sendo a carteira de clientes da AICEP de 10 mil empresas (investidoras e exportadoras), há um universo de 10 mil empresas às quais a AICEP não está a chegar. Há, concretizou Castro Henriques, um universo de 5.600 PME exportadoras com crescimentos em todos os últimos anos que não estão na carteira de clientes da AICEP e onde a Agência vê potencial para trabalhar. 

Dificilmente a AICEP conseguiria chegar ao universo todo sem uma plataforma digital, explica Castro Henriques. 

A AICEP pretende, por outro lado, reforçar a componente de e-learning, com formações específicas.

Castro Henriques explica que pretende, durante o plano estratégico, reforçar a equipa de gestores de clientes. 

Para o plano estratégico 2017-2019, a AICEP terá de reforçar o quadro de pessoal, admite Luís de Castro Henriques que admite um reforço de 31 recursos, para estabilizar o quadro nos 450-500 colaboradores. O orçamento em 2018 não vai ser reforçado, por isso há medidas que a AICEP teve já de colocar no plano para 2019. 

Luís de Castro Henriques afirmou, ainda, que teve 2 milhões de euros de cativações em 2017 que não foram desactivadas.
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