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Ahold gasta 240 milhões para reforçar presença nos países bálticos

A companhia de distribuição holandesa Ahold, parceira da Jerónimo Martins em Portugal, vai gastar 240 milhões de euros para consolidar a sua presença nos países bálticos, anunciou hoje a empresa. A operação inclui o reforço no capital da Rimi Baltic e a c

10 de Outubro de 2006 às 12:55
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A companhia de distribuição holandesa Ahold, parceira da Jerónimo Martins em Portugal, vai gastar 240 milhões de euros para consolidar a sua presença nos países bálticos, anunciou hoje a empresa. A operação inclui o reforço no capital da Rimi Baltic e a compra de outras quatro unidades na Estónia.

A ICA Baltic, uma subsidiária da "holding" sueca ICA, detida pelo grupo Ahold, irá comprar, por 190 milhões de euros em dinheiro, a participação de 50% que a Kesko Food, maior retalhista finlandês, detém na Rimi Baltic. Esta "joint-venture" datada de Janeiro de 2005 passará assim a ser 100% ICA (Ahold).

A Rimi Baltic opera hipermercados, supermercados e lojas de "hard discount", detendo 200 unidades nos países bálticos. Mais precisamente, 64 lojas na Estónia, 86 na Letónia e 50 na Lituânia. A empresa emprega aproximadamente 900 empregados, adianta a Ahold no seu "site". A Rimi Baltic agrega presentemente 16% do mercado alimentar global da região báltica, avaliada em 5,2 mil milhões de euros. Em 2005 facturou 810 milhões de euros.

Outros 50 milhões de euros, também em dinheiro, serão pagos pela ICA Baltic para ficar com quatro unidades adicionais na Estónia, até agora na propriedade da empresa Fiesta Real Estate, uma subsidiária da Kesko naquele país.

Citado no comunicado de hoje, Keneth Bengtsson, presidente da ICA afirma: "este negócio está em linha com o objectivo da ICA de ser líder em todos os mercados onde operamos. Somos já número um na Suécia, e na Noruega os nossos planos de expansão estão a reforçar ainda mais a nossa posição", disse.

A intenção agora é de integrar a Rimi Baltic como empresa totalmente detida dentro do grupo de forma a deter "uma organização Nórdica/Báltica ainda mais forte", onde sinergias ao nível de recrutamento, administração e tecnologias ocorram.

Já a Kesko utilizará o ganho da operação, no valor de 155 milhões de euros, no financiamento o seu crescimento no mercado finlandês de origem e na Rússia.

A transacção, ainda sujeita à avaliação da Comissão Europeia, poderá, caso seja aprovada, estar concluída até ao final deste ano.

A operação de compra pela Ahold, hoje divulgada, vai aparentemente contra a leitura ontem feita pelos analistas do Fitch Ratings, que recomendavam que o grupo holandês vendesse activos e reduzisse o endividamento antes de analisar uma eventual fusão com a líder retalhista belga Delhaize.

Os rumores de uma eventual concentração entre esta última e a Ahold ressurgiram há cerca de um mês com mais intensidade, mas nunca foram confirmados por nenhuma das interessadas.

Uma eventual fusão, contudo, levantaria sobretudo questões concorrenciais no mercado norte-americano, onde ambas estão presentes, já que na Europa são poucos os mercados onde as suas actividades se sobrepõem.

As acções da Ahold seguiam inalteradas na praça de Amesterdão nos 8,34 euros.

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