As autoridades espanholas já deduziram a acusação tanto da Afinsa como do Fórum Filatélico, tendo sido ambas acusadas de burla, depois dos juízos instrutórios terem levantado o segredo de Justiça. Ambas as empresas estão numa situação de «insolvência absoluta».

A Procuradoria Anticorrupção acusa a Fórum Filatélico de branqueamento de capitais, insolvência punível e administração desleal, tendo sido constituídos como arguidos cinco dos seus administradores: o presidente Francisco Briones; os conselheiros Miguel Angel Hijón, Agustín Fernández, Francisco José López Gilarte e Juan Macia Mercadé.

Da mesma forma, as autoridades espanholas deduziram a acusação sobre a Afinsa tendo sido acusada de burla, falsificação documental, vários delitos contra a Fazenda Pública, insolvência punível e administração desleal, segundo a acusação revelada hoje.

O juiz da Audiência Nacional, Santiago Perez, deverá ouvir amanhã seis pessoas, entre as quais o presidente honorário Albertino de Figueiredo e o seu filho Carlos Figueiredo e administradores da Família Guijarro Lázaro.

No sumário de acusação, a procuradoria considera que a Afinsa e a Fórum Filatélico estão hoje numa situação de "absoluta insolvência", dando conta na queixa do que classifica como a operação fraudulenta levada a cabo pela empresa, e que incluía a sobrevalorização e a falsificação de selos.

O secretário-geral do conselho de administração da Afinsa, Joaquín Navajo, afirmou hoje à Telecinco que todos os clientes poderiam recuperar o seu dinheiro caso lhes permitam continuar a sua actividade e aceder às suas contas. As autoridades judiciais decretado há dois dias o congelamento das contas bancárias da Afinsa e Fórum Filatélico.

O responsável da Afinsa referiu ainda que o prazo para que os clientes possam recuperar o seu capital vai depender da forma como se desenrolarem os acontecimentos a partir de agora, uma vez que se for nomeado um administrador judicial, será ele que terá que tomar todas as decisões executivas em relação a esta questão.