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Administração do BPP cancelou reunião com clientes

A reunião entre o administrador do Banco Privado Português (BPP), João Ermida, e representantes de um grupo de clientes da zona Norte foi hoje cancelada por indisponibilidade da instituição, disse à Lusa um porta-voz dos clientes.

26 de Fevereiro de 2009 às 17:50
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A reunião entre o administrador do Banco Privado Português (BPP), João Ermida, e representantes de um grupo de clientes da zona Norte foi hoje cancelada por indisponibilidade da instituição, disse à Lusa um porta-voz dos clientes.

O encontro havia sido marcado para as 15:00 pela nova administração do BPP, nomeada pelo Banco de Portugal, depois de já ter sido desmarcada várias vezes nos últimos dias.

Segundo adiantou à Lusa Fernando Carneiro, porta-voz dos clientes, João Ermida terá alegado que poderá ser chamado a qualquer momento para reuniões no Banco de Portugal, o que impede que se desloque ao Porto para se encontrar com os clientes. " porta da sede do BPP no Porto, alguns clientes que ali se deslocaram para esperar pelos resultados do encontro confessaram-se "muito desanimados" com este novo adiamento, assim como com o prolongamento, por mais 45 dias, do congelamento das suas contas, decidido pelo Banco de Portugal.

"Estou muito pessimista", afirmou Alexandre Silva, descontente com o anúncio feito quarta-feira pelo administrador do BPP, Fernando Adão da Fonseca, de que o banco iniciará negociações directas com os clientes para apresentar soluções para a devolução do capital que colocaram em aplicações de capital garantido.

Para o empresário, esta solução apenas enfraquecerá os clientes que, defende, "devem ser tratados equitativamente".

"Se houver prejuízos, que seja iguais para todos", sustenta.

Convicto de que este novo adiamento da reunião com clientes do Norte é apenas "mais uma tentativa de protelar" a resolução da situação, Alexandre Silva alerta: "Se ele [o administrador João Ermida] não tiver tempo livre para se reunir connosco, vamos ter que começar a fazer vigílias".

Também para o empresário João Santos "a negociação directa com os clientes não ajuda ninguém", excepto o próprio BPP.

"Essa deve ser a última solução, porque dessa maneira o banco ainda vai arranjar maneira de ganhar com tudo isto", afirma.

Já uma outra cliente, que não se identificou, admitiu aceitar a negociação directa: "Da minha parte não quero é perder o capital que aqui apliquei", confessou.

Segundo João Santos, a Associação de Defesa dos Clientes do BPP estará já a agendar, para a próxima semana, um encontro dos cerca de 3.000 clientes de capital garantido do banco, que deverá acontecer em Coimbra.

O objectivo é articular estratégias e definir uma posição conjunta, a contrapor à "ambiguidade" e "indefinições" que dizem encontrar na actual administração do BPP.

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