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Administração da Brisa dá passo que faltava ao registo da OPA
Administração da concessionária diz no relatório complementar que subida do preço da OPA para 2,76 euros por acção "contribui para a confluência com os interesses dos accionistas".

O relatório, que foi aprovado por unanimidade por todos os administradores da concessionária – à excepção de um, o indicado pela Abertis – mantém ainda que face ao contexto actual “a contrapartida da oferta continua a inserir-se dentro de um intervalo razoável de valor intrínseco da sociedade”.
Com a publicação deste relatório complementar, actualizado após a subida da contrapartida da OPA em 10 cêntimos, haverá condições para a CMVM registar a oferta.
No documento, os administradores da concessionária assinalam ainda a “maior concretização da política de dividendos a adoptar na Brisa após a conclusão da oferta”, um ponto que o administrador nomeado pela Abertis na empresa tinha, no relatório inicial, contestado, à semelhança do preço oferecido.
Os documentos da oferta referem que José de Mello e a Arcus, os dois maiores accionistas que estão a lançar a OPA, pretendem que “a Brisa retome a distribuição de dividendos na medida do possível, ainda que sem ter como baliza uma percentagem fixa dos lucros ou um montante visado relativamente a ou ao longo de um certo período”.
“Adicionalmente é indicado que a disponibilidade da Brisa para prosseguir a política de distribuição de dividendos pode vir a ser afectada em virtude dos actuais termos e condições de financiamento da Brisa Concessões Rodoviárias, os quais prevêem limitações à distribuição de dividendos por esta sociedade”, é referido no relatório complementar.