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ADIPA defende regresso de Secretaria de Estado do Comércio
Estrutura própria dentro da orgânica do Governo dedicada ao setor, como existiu no passado, "seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar setor", diz ADIPA.
A Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) espera que o próximo Governo, que saia das eleições legislativas de 18 de maio, volte a ter uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao comércio.
Em comunicado, enviado esta sexta-feira às redações, a ADIPA argumenta que "o setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho", razão pela qual entende ser "fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade".
"A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país", diz o secretário-geral da ADIPA, Luis Brás, citado na mesma nota.
A ADIPA é membro da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) que, logo após ser conhecida a orgânica do Governo liderado por Luís Montenegro, em abril de 2024, criticou "a situação historicamente inédita da não inclusão do Comércio e Serviços na lista das secretarias de Estado", falando mesmo num "retrocesso".
Fundada em 1975, a ADIPA tem um universo de aproximadamente 300 empresas associadas, as quais empregam mais de 20 mil trabalhadores, com um volume de negócios na ordem dos 6.000 milhões de euros.