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Ações da Asos afundam 15% com profit warning e saída de CEO

O CEO da Asos está de saída da empresa, ao fim de mais de uma década a liderar a retalhista britânica. Em simultâneo, a empresa deixou também avisos sobre como o regresso às lojas físicas poderá tirar cerca de 40% ao resultado líquido em 2022.

11 de Outubro de 2021 às 15:35
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A retalhista britânica de comércio eletrónico Asos aumentou as vendas e os lucros antes de impostos no ano fiscal terminado a 31 de agosto, de acordo com os resultados apresentados esta segunda-feira. Apesar disso, as ações estão a afundar devido ao anúncio da saída do CEO e ao anúncio de que a empresa antecipa um recuo nos lucros do próximo ano.

A retalhista alertou os investidores para o impacto do regresso gradual dos consumidores às compras em lojas físicas, situação que deverá continuar ao longo do próximo ano e penalizar as contas. Em reação, 
as ações da retalhista britânica estão a cair quase 15% ao início desta tarde, desvalorizando até às 2.364 pence.


No último ano fiscal, a Asos viu as receitas do grupo crescerem até 3,9 mil milhões de libras, 22% acima das vendas reportadas no ano anterior. A companhia apresentou lucros antes de impostos de 193,6 milhões de libras (228,07 milhões de euros), uma subida de 36% contra os lucros de há um ano, na ordem dos 142,1 milhões de libras (167,4 milhões de euros). De acordo com a nota da Asos, a subida das vendas foi impulsionada pelas compras de roupa de "leisurewear", devido ao contexto da pandemia.


A empresa antecipa que, com o processo de vacinação a permitir um levantamento de restrições em vários pontos do globo e algum regresso à normalidade, os lucros possam recuar no próximo ano, ficando entre os 110 a 140 milhões de libras (129,5 a 164,9 milhões de euros). De acordo com a agência Reuters, trata-se de uma quebra de 35% face às estimativas dos analistas.


"Olhando para a frente, ainda que a nossa performance nos próximos 12 meses seja provavelmente afetada pela procura volátil e pela pressão na cadeia de produção global e nos custos, estamos confiantes na nossa habilidade para agarrar as oportunidades de alguma dimensão que estão à nossa frente", indica Matt Dunn, o diretor de operações da empresa e diretor financeiro, citado em comunicado.

O fim da pandemia não é a única adaptação necessária para a empresa. O CEO está de saída com efeitos imediatos. Nick Beighton, que estava há 12 anos na liderança da empresa, vai abandonar a Asos. A empresa indica que já está à procura de alguém para ocupar o cargo, num processo que será liderado por Ian Dyson. Este vai assumir funções como "chair", substituindo Adam Crozier, cuja saída já tinha sido anunciada.

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