Os accionistas privados da Petrogal só aceitam ceder a sua posição à italiana Eni, se for a totalidade dos 33,34% que detêm desde o início desta semana na Galp, avança hoje o «Diário Económico».

Ainda segundo o mesmo jornal, a opção de venda em bloco dos 33,34% é explicada pelo facto de que a cedência de acções por parte da Petrocontrol por em causa a minoria de bloqueio, reduzindo deste modo o poder detido na Galp.

O objectivo do grupo italiano é assegurar a minoria de bloqueio, conseguido através da compra de pouco mais que os 18% dos 33,34% da Petrocontrol para juntar aos 15% adquiridos ao Estado português. Qualquer decisão está, no entanto, condicionada pela posição tomada pelo Governo que, segundo um acordo negociado, garantiu a posição de 75% do capital da «holding» energética em mãos nacionais.

Recorde-se que se encontra ainda indefinido o destino de 25% detidos pelo Banco Totta e Açores (BTA) na Petrocontrol, que segundo o recente acordo entre o grupo Champalimaud e o Banco Santander Central Hispano (BSCH) passarão para o poder do banco espanhol.