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A TAP vai manter a maioria do capital em futuras privatizações

A TAP não vai voltar a abdicar da maioria do capital em futuras operações de privatizações das suas unidades de negócio, garantiu ontem o presidente do conselho de administração, Cardoso e Cunha.

21 de Janeiro de 2004 às 12:07
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A TAP não vai voltar a abdicar da maioria do capital em futuras operações de privatizações das suas unidades de negócio, garantiu ontem o presidente do conselho de administração.

Cardoso e Cunha falava num debate sobre a privatização da TAP promovido pela Ordem dos Economistas.

A razão pela qual a TAP tem que ceder a maioria do capital, 50,1%, da unidade de “handling” (assistência em terra), prende-se com a necessidade de cumprir a directiva comunitária que impõe que pelo menos uma das empresas neste sector não seja controlada por capitais públicos.

A opção por vender o controlo da SPdH (Serviços Portugueses de Handling) em vez de alienar o da Portway, sociedade controlada pela ANA – Aeroportos de Portugal, terá sido sustentada por razões técnicas, que na altura foram discutidas, mas que ontem Cardoso e Cunha, questionado por um trabalhador da SPdH, não chegou a esclarecer. A privatização desta unidade tem sido ainda justificada com a necessidade da TAP encaixar receita que andará na casa dos 30 milhões de euros.

O presidente da transportadora pública disse que a única directiva que recebeu do accionista Estado foi a de privatizar a TAP. Para Cardoso e Cunha, a privatização é a melhor forma de assegurar a “perenidade” da companhia.

Cardoso e Cunha defendeu ainda a segmentação da empresa em três unidades de negócio – “handling”, manutenção e transporte aéreo –, é um processo que permite dar visibilidade e valorizar cada uma das actividades da TAP que até agora eram ofuscadas pelo transporte aéreo.

Sem a autonomização da SPdH, dificilmente a TAP teria conseguido ganhar a gestão do “handling” nos principais aeroportos de Marrocos, até porque a transportadora nem tinha o perfil financeiro exigido para poder ir a concurso, acrescentou Cardoso e Cunha.

Sem adiantar detalhes sobre a privatização das outras unidades da TAP, o gestor defendeu no caso da manutenção a importância de uma aliança perene com as Ogma que dê acesso às instalações de Alverca. Nesse sentido, a TAP está interessada em participar na privatização da empresa de indústria aeronáutica.

O prazo para a entrega de propostas à privatização da SPdH acaba amanhã, dia 22 de Janeiro. As propostas serão abertas na sexta-feira. Os responsáveis da companhia esperam pelo menos cinco candidaturas.

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