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Mundial de futebol passa de 32 para 48 equipas a partir de 2026

Dentro de uma década, o campeonato do mundo de futebol vai ter um aumento substancial das equipas a competir. O actual formato, que conta com 32 equipas, vai aumentar 50%, com 16 novos países. A decisão foi aprovada esta manhã.

10 de Janeiro de 2017 às 10:32
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O Campeonato do Mundo de futebol vai crescer de forma acentuada a partir de 2026. A FIFA aprovou esta terça-feira, de forma unânime, a expansão do número de equipas que vão participar no torneio para um recorde de 48. Actualmente (e vai ser assim na Rússia em 2018 e no Qatar em 2022), o Mundial de futebol joga-se com 32 equipas. No novo modelo, as 48 equipas serão divididas em 16 grupos de três. As duas primeiras classificadas passam à segunda ronda, com 32.

As mudanças aprovadas esta manhã pela FIFA, o organismo que rege o futebol a nível mundial, vão redundar num aumento dos jogos em cada edição do Campeonato do Mundo. Actualmente, cada Mundial tem 64 jogos. No novo modelo, serão 80. Ainda assim, o campeão apenas terá de jogar as mesmas sete partidas, assegura o The New York Times.

 

Na base desta decisão da FIFA estão razões políticas e financeiras, prossegue o Times. Quando o actual presidente da instituição, Gianni Infantino, se candidatou à FIFA, uma das suas propostas passava precisamente pelo alargamento do número de equipas que participa no Campeonato do Mundo, o que significa que países mais pequenos passam a ter mais hipóteses de participar nele. Esta proposta foi naturalmente bem recebida nas confederações de África e Ásia, que têm grande influência na eleição do presidente deste organismo.

 

Adicionalmente, a FIFA acredita que um torneio com mais equipas signifique mais receita, quer seja nas transmissões televisivas como nos bilhetes e patrocínios. As estimativas da instituição apontam para um encaixe de 6,5 mil milhões dólares num formato com 48 equipas, um aumento de mil milhões de dólares face à facturação prevista para o Mundial da Rússia, em 2018.

 

O actual formato de 32 equipas está em vigor desde o Mundial de 1998, em França. Com mais 12 equipas, as exigências logísticas para os países organizarem o Campeonato do Mundo aumentam de forma considerável: será necessário alojar mais uma dúzia de equipas e dar-lhes condições para treinar. Adicionalmente, serão necessários pelo menos 12 estádios para a competição.

 

O Mundial de 2026 ainda não foi atribuído a nenhum país, mas o New York Times aponta os Estados Unidos como os principais favoritos à organização da competição, tal como a China.

 

Calendário de jogos já está saturado, defende associação europeia de clubes

 

A Associação Europeia de Clubes é uma das principais críticas deste formato, por considerar que o calendário de jogos de futebol já está saturado, o que põe em risco a saúde dos jogadores. Outro argumento invocado contra este formato é a extensão da competição, ao longo de cinco semanas, que pode ser demasiado cansativo para os artistas da bola e conduzir a más prestações nas fases mais adiantadas do campeonato. Também é previsível que aumentem os problemas entre os clubes e as selecções devido à cedência de jogadores.

 

Além do formato de 48 equipas que foi escolhido pela FIFA, estavam em cima da mesa ainda outros três. Um total de 40 equipas com oito grupos de cinco (o que totalizaria 88 jogos); 40 equipas divididas em 10 grupos de quatro (o que somava 76 jogos no total); e 48 equipas, com uma ronda eliminatória de 32 equipas, que antecederia a fase de grupos com 32 equipas (que teria no total os mesmos 80 jogos).


Notícia actualizada às 11:45, corrigindo-se o lead: o aumento de equipas é de 50% e não de um terço.

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