Notícia
Para que lado vai o penálti? O algoritmo diz
Equipa de portugueses está a desenvolver um algoritmo inovador a nível mundial para ajudar marcadores e guarda-redes no momento do penalti. Solução vai ser testada na Taça das Confederações, estando já definido o perfil de vários jogadores. O objectivo é comercializar a solução a nível internacional.
A história deste projecto que promete acabar com a lotaria dos penaltis começou no Europeu de 2016, onde Portugal garantiu o passaporte para a Taça das Confederações, que arranca este sábado em Kazan, na Rússia. Alexandre Real, especialista em liderança e gestão de equipas, participava como comentador num programa de rádio durante o jogo entre Portugal e Polónia, que terminou com a vitória da equipa das quinas nas grandes penalidades, quando se interrogou como é que os treinadores passavam informação relevante e eficaz sobre a forma como os remates deveriam ser desferidos ou as malhas da rede defendidas. "Era a olhómetro, sem base científica", apercebeu-se.
Foi a partir daí que resolveu investigar o que existia para auxiliar os treinadores a tomarem decisões sobre a marcação de penaltis, de forma fidedigna. A falta de soluções levou-o a avançar com o projecto. Convidou João Fialho, doutorado em matemática e professor-associado da American University of Middle East, no Kuwait, que assumiu a coordenação científica do projecto.
O trabalho começou em Dezembro de 2016 com a construção de uma base de dados com um conjunto de variáveis, com o intuito de criar um modelo matemático para dar suporte e validação às correlações identificadas. O objectivo do grupo de investigação é, segundo explica, identificar e validar características ou atitudes dos jogadores e guarda-redes, no momento em que a grande penalidade é batida, que influenciam o desfecho da mesma. Por exemplo, um guarda-redes que quando o jogador olha para um dos lados da baliza, atira-se sempre para o lado contrário.
"A primeira preocupação foi se conseguiamos constuir um algoritmo e isso já foi conseguido. Neste momento ele está 80% desenvolvido. Até ao final do ano deverá estar 100% completo", afirma Alexandre Real ao Negócios. O "partner" da Sfori, uma consultora de formação e desenvolvimento de recursos humanos, explica que para confirmar os dados são necessárias milhares de horas de visualização de penalties. Uma tarefa entregue a Pedro Zorro, ex-treinador, que coordena uma equipa que monitoriza os vídeos.
Análise aos adversários de Portugal
A participação de Portugal na Taça das Confederações serviu já de pretexto para algumas análises a marcadores e guarda-redes dos adversários de Portugal. Uma informação validada cientificamente é de que um dos guarda-redes da equipa alemã seleciona o lado para onde defende em função de uma atitude do marcador do penalti.
Do lado dos marcadores, Cristiano Ronaldo é mais eficaz quando escolhe um dos lados. E de uma forma geral é mais eficaz do que Lionel Messi. Alexandre Real diz que também há "fragilidades na selecção portuguesa, mas por uma questão patriótica não vamos divulgar, para não chegar aos nossos adversários".
Portugal está no grupo A com a Rússia, Nova Zelândia e México. O primeiro encontro é no domingo, às 16h00, contra a equipa da América Central. Na Taça das Confederações participam ainda os Camarões, o Chile, a Austrália e o Chile.
Do projecto à empresa
A ideia é que este projecto de inteligência competitiva dê origem a uma empresa, que actuará no mercado internacional. "O objectivo é comercializar o algoritmo às principais equipas europeias de futebol, sendo que a regra será apenas uma equipa por país e à parte as competições internacionais de equipas e selecções", avança Alexande Real.
Venda de informação oas media e venda de estatísticas a empresas e sites de apostas desportivas, para o cálculo de probabilidades, são outros mercados possíveis para o algortimo. Para ajudar a dar escala ao projecto, depois do produto estar pronto para comercialização, vão procurar investidores estratégicos a nível internacional.
Alexandre Real promete não ficar pelos penaltis: "Quando terminarmos este algoritmo, já temos identificadas outras oportunidades, nomeadamente no caso de lances de bola parada".
Foi a partir daí que resolveu investigar o que existia para auxiliar os treinadores a tomarem decisões sobre a marcação de penaltis, de forma fidedigna. A falta de soluções levou-o a avançar com o projecto. Convidou João Fialho, doutorado em matemática e professor-associado da American University of Middle East, no Kuwait, que assumiu a coordenação científica do projecto.
"A primeira preocupação foi se conseguiamos constuir um algoritmo e isso já foi conseguido. Neste momento ele está 80% desenvolvido. Até ao final do ano deverá estar 100% completo", afirma Alexandre Real ao Negócios. O "partner" da Sfori, uma consultora de formação e desenvolvimento de recursos humanos, explica que para confirmar os dados são necessárias milhares de horas de visualização de penalties. Uma tarefa entregue a Pedro Zorro, ex-treinador, que coordena uma equipa que monitoriza os vídeos.
Análise aos adversários de Portugal
A participação de Portugal na Taça das Confederações serviu já de pretexto para algumas análises a marcadores e guarda-redes dos adversários de Portugal. Uma informação validada cientificamente é de que um dos guarda-redes da equipa alemã seleciona o lado para onde defende em função de uma atitude do marcador do penalti.
Do lado dos marcadores, Cristiano Ronaldo é mais eficaz quando escolhe um dos lados. E de uma forma geral é mais eficaz do que Lionel Messi. Alexandre Real diz que também há "fragilidades na selecção portuguesa, mas por uma questão patriótica não vamos divulgar, para não chegar aos nossos adversários".
Portugal está no grupo A com a Rússia, Nova Zelândia e México. O primeiro encontro é no domingo, às 16h00, contra a equipa da América Central. Na Taça das Confederações participam ainda os Camarões, o Chile, a Austrália e o Chile.
Do projecto à empresa
A ideia é que este projecto de inteligência competitiva dê origem a uma empresa, que actuará no mercado internacional. "O objectivo é comercializar o algoritmo às principais equipas europeias de futebol, sendo que a regra será apenas uma equipa por país e à parte as competições internacionais de equipas e selecções", avança Alexande Real.
Venda de informação oas media e venda de estatísticas a empresas e sites de apostas desportivas, para o cálculo de probabilidades, são outros mercados possíveis para o algortimo. Para ajudar a dar escala ao projecto, depois do produto estar pronto para comercialização, vão procurar investidores estratégicos a nível internacional.
Alexandre Real promete não ficar pelos penaltis: "Quando terminarmos este algoritmo, já temos identificadas outras oportunidades, nomeadamente no caso de lances de bola parada".