Notícia
As forças e fraquezas de Ronaldo na hora de bater o penalti
Algoritmo desenvolvido por equipa de portugueses permite identificar características de marcadores e guarda-redes nas grandes penalidades. Ronaldo é mais eficaz a rematar para a esquerda ou a para direita? Qual o guarda-redes mais eficaz da selecção alemã? As estatísticas revelam.
Um projecto de inteligência competitiva desenvolvido por portugueses está a criar um algoritmo com o objectivo de identificar e validar as características e atitudes dos jogadores e guarda-redes, no momento em que a grande penalidade é batida.
A ideia surgiu durante o Europeu de 2016, quando Alexandre Real, especialista em liderança e gestão de equipas, se interrogou se os treinadores dispunham de informação fidedigna e cientificamente comprovada sobre a forma como os penaltis eram marcados ou defendidos para passarem à equipa. Detectada a lacuna, lançou mãos à obra.
Em colaboração com João Fialho, professor-associado da American University of Middle East, e Pedro Zorro, ex-treinador, tem praticamente desenvolvido o algoritmo que será comercializado às principais equipas europeias de futebol.
A Taça das Confederações serve de pretexto para as primeiras análises. A principal figura da selecção nacional, e primeira opção na marcação de grandes penalidades, foi um dos alvos. O estudo conclui que Cristiano Ronaldo marca mais vezes para a esquerda, mas é quando remata para a direita que é mais bem sucedido, embora a diferença seja curta.
Os autores da análise concluem que Cristiano Ronaldo tem uma eficácia acima da média tanto para o lado esquerdo, como para o direito. Consegue marcar em 83% das ocasiões, mais do que Messi, garantem. Mesmo quando o guarda-redes adivinha o lado, a taxa de eficácia é bastante alta. Ronaldo procura o remate ao centro com uma tendência ligeiramente superior à média, mas é quando para aí remata que mais falha.
A análise incidiu ainda sobre os guarda-redes de um dos potenciais adversários de Portugal. No grupo A com o México, a Rússia e a Nova Zelândia, caso a selecção passe às meias-finais da Taça das Confederações, poderá ter a Alemanha pela frente. Com Manuel Neuer lesionado, vão à Rússia Kevin Trapp, Ter Stegen e Bern Leno. Qual o que Portugal mais deve temer?
Kevin Trapp defendeu 24% das vezes em que esteve entre os postes nas grandes penalidades. Remates ao centro não é com ele: dão sempre golo. Já se o penalti for batido para esquerda, a probabilidade de conseguir defender é elevada. É um guarda-redes que tem tendência para ficar de braços abertos e procura o contacto visual com o jogador.
Ter Stegen fica-se pelos 20% na percentagem de penaltis defendidos. Ao contrário do compatriota Kevin Trapp, remates ao centro é a sua especialidade: a eficácia é de 100%. Tem tendência para ficar de braços abertos, mas não procura o contacto visual com o marcador. Se este simula, Ter Stegen também tenta simular.
Bernd Leno é o craque dos penaltis na baliza da "Mannschaft": defende 27% dos remates. Procura o contacto visual para tentar perceber o lado para que o jogador vai marcar e, quando o jogador tenta simular, tem mais tendência para adivinhar o lado.
O estudo tem por base uma análise estatística de frequência em duas vertentes, a eficácia e tendência individual e global. Foram analisados 323 penaltis em várias competições, dos quais 109 de Cristiano Ronaldo.
A ideia surgiu durante o Europeu de 2016, quando Alexandre Real, especialista em liderança e gestão de equipas, se interrogou se os treinadores dispunham de informação fidedigna e cientificamente comprovada sobre a forma como os penaltis eram marcados ou defendidos para passarem à equipa. Detectada a lacuna, lançou mãos à obra.
A Taça das Confederações serve de pretexto para as primeiras análises. A principal figura da selecção nacional, e primeira opção na marcação de grandes penalidades, foi um dos alvos. O estudo conclui que Cristiano Ronaldo marca mais vezes para a esquerda, mas é quando remata para a direita que é mais bem sucedido, embora a diferença seja curta.
Os autores da análise concluem que Cristiano Ronaldo tem uma eficácia acima da média tanto para o lado esquerdo, como para o direito. Consegue marcar em 83% das ocasiões, mais do que Messi, garantem. Mesmo quando o guarda-redes adivinha o lado, a taxa de eficácia é bastante alta. Ronaldo procura o remate ao centro com uma tendência ligeiramente superior à média, mas é quando para aí remata que mais falha.
A análise incidiu ainda sobre os guarda-redes de um dos potenciais adversários de Portugal. No grupo A com o México, a Rússia e a Nova Zelândia, caso a selecção passe às meias-finais da Taça das Confederações, poderá ter a Alemanha pela frente. Com Manuel Neuer lesionado, vão à Rússia Kevin Trapp, Ter Stegen e Bern Leno. Qual o que Portugal mais deve temer?
Kevin Trapp defendeu 24% das vezes em que esteve entre os postes nas grandes penalidades. Remates ao centro não é com ele: dão sempre golo. Já se o penalti for batido para esquerda, a probabilidade de conseguir defender é elevada. É um guarda-redes que tem tendência para ficar de braços abertos e procura o contacto visual com o jogador.
Ter Stegen fica-se pelos 20% na percentagem de penaltis defendidos. Ao contrário do compatriota Kevin Trapp, remates ao centro é a sua especialidade: a eficácia é de 100%. Tem tendência para ficar de braços abertos, mas não procura o contacto visual com o marcador. Se este simula, Ter Stegen também tenta simular.
Bernd Leno é o craque dos penaltis na baliza da "Mannschaft": defende 27% dos remates. Procura o contacto visual para tentar perceber o lado para que o jogador vai marcar e, quando o jogador tenta simular, tem mais tendência para adivinhar o lado.
O estudo tem por base uma análise estatística de frequência em duas vertentes, a eficácia e tendência individual e global. Foram analisados 323 penaltis em várias competições, dos quais 109 de Cristiano Ronaldo.