Notícia
Max Verstappen vence atribulado GP do Japão e sagra-se campeão outra vez
É o segundo título mundial consecutivo da carreira do jovem piloto neerlandês. Por causa da chuva, o Grande Prémio do Japão acabou por ter apenas 28 das 53 voltas previstas.
09 de Outubro de 2022 às 11:47
O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu este domingo um atribulado Grande Prémio do Japão de Fórmula 1 e conquistou o segundo título mundial consecutivo da carreira, apesar de só se terem cumprido 28 das 53 voltas previstas.
A chuva que se abateu sobre o circuito provocou uma série de incidentes na primeira volta, que levou à amostragem da bandeira vermelha que interrompeu a prova. Com uma janela de três horas para concluir a corrida, a prova acabou por ser retomada quando faltavam apenas 41 minutos para esgotar o prazo, o que permitiu realizar 28 voltas.
Verstappen cortou a meta com o tempo de 3:01.44,004 horas, deixando o segundo classificado, o monegasco Charles Leclerc (Ferrari), na segunda posição, a 26,763 segundos, e o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) em terceiro, a 27,066. No entanto, Leclerc acabaria penalizado em cinco segundos, por ter cortado caminho na penúltima curva, quando lutava pela segunda posição com Pérez.
Com a penalização, o monegasco baixou à terceira posição, a 31,763 segundos de Verstappen, o suficiente para o neerlandês poder festejar a conquista do segundo campeonato.
A dúvida pairou porque foi cumprida pouco mais de 50% da distância de corrida prevista. Mas o facto de a prova ter sido retomada e o vencedor ter cruzado a meta em condição de corrida (portanto, sem a prova ser interrompida por bandeiras vermelhas antes de poder terminar) foi suficiente para ser atribuída a pontuação máxima nesta 18.ª das 22 rondas da temporada.
O próprio Max Verstappen não estava convencido de ter conquistado o título, comentando com Sérgio Pérez que não era campeão na sala de descanso que antecede a cerimónia do pódio. Só nessa altura, perante a insistência da organização, ficou convencido que tinha mesmo conquistado o segundo campeonato da carreira, aos 25 anos.
Mas a prova em si foi bastante atribulada. Depois dos piões do alemão Sebastian Vettel (Aston Martin) e do chinês Zhou Guanyu (Alfa Romeo), o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) despistou-se com violência e obrigou à entrada do 'safety car' para retirada do carro da pista. O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) acabou com um painel publicitário preso na frente do seu carro e teve de ir às boxes mudar o nariz do monolugar. Entretanto, o tailandês Alexander Albon (Williams) também se despistou.
Depois de regressar à pista - e quando tentava juntar-se ao resto do pelotão que rodava ainda atrás do 'safety car' -, Gasly cruzou-se com um trator em pista, chamado para rebocar o Ferrari de Sainz, e quase atropelou um dos comissários que tentavam retirar o carro do espanhol de pista.
Esse incidente mereceu muitas críticas por parte de outros pilotos, nomeadamente do britânico Lando Norris (McLaren), até porque Suzuka foi palco do acidente do francês Jules Bianchi em 2014, que acabou com a morte do piloto após embater num trator que rebocava outro carro acidentado.
A direção de prova, liderada pelo português Eduardo Freitas, abriu uma investigação a Gasly por excesso de velocidade porque a corrida já estaria interrompida por bandeiras vermelhas antes de o francês ter chegado ao local onde se encontrava o carro acidentado de Sainz, pelo que teria de ter reduzido a velocidade.
O pelotão foi reconduzido à via das 'boxes', onde os carros permaneceram por mais de duas horas.
A prova acabaria por ser retomada com o pelotão alinhado atrás do 'safety car' e com 41 minutos para ser dada por terminada a corrida.
Max Verstappen, que partia do primeiro lugar, manteve o comando e foi 'cavando' uma distância segura para Leclerc, a braços com uma degradação mais rápida dos seus pneus, que culminou com a saída de pista na última volta, que lhe custou a penalização de cinco segundos e que valeu a conquista do campeonato a Verstappen.
"Estava a lutar com os pneus. Parabéns para o Max pelo seu segundo título. É frustrante, o ritmo não esteve lá. Pensei que não haveria pontos completos, afinal houve. Por isso, foi uma surpresa ver o Max campeão. A degradação dos pneus foi enorme. Mesmo que o tivesse passado, não teria ganho. Na última curva bloqueei e fui em frente. Foi um erro", admitiu Leclerc, no final.
O neerlandês passou a somar 366 pontos no Mundial, mais 114 do que Sérgio Pérez, que é agora segundo e tem 253. Leclerc baixou à terceira posição, com 252. Com quatro provas por disputar, estão 112 pontos em jogo.
Entre os construtores, a Red Bull lidera, com 619 pontos, contra os 454 da Ferrari e os 387 da Mercedes.
Durante a transmissão televisiva, a Sport TV avançou que Portugal irá receber um teste do fornecedor de pneus Pirelli, nos dias 14 e 15 de dezembro, em Portimão.
A próxima prova disputa-se em Austin, no Texas (Estados Unidos) e será o GP das Américas, em 23 de outubro.
A chuva que se abateu sobre o circuito provocou uma série de incidentes na primeira volta, que levou à amostragem da bandeira vermelha que interrompeu a prova. Com uma janela de três horas para concluir a corrida, a prova acabou por ser retomada quando faltavam apenas 41 minutos para esgotar o prazo, o que permitiu realizar 28 voltas.
Com a penalização, o monegasco baixou à terceira posição, a 31,763 segundos de Verstappen, o suficiente para o neerlandês poder festejar a conquista do segundo campeonato.
A dúvida pairou porque foi cumprida pouco mais de 50% da distância de corrida prevista. Mas o facto de a prova ter sido retomada e o vencedor ter cruzado a meta em condição de corrida (portanto, sem a prova ser interrompida por bandeiras vermelhas antes de poder terminar) foi suficiente para ser atribuída a pontuação máxima nesta 18.ª das 22 rondas da temporada.
O próprio Max Verstappen não estava convencido de ter conquistado o título, comentando com Sérgio Pérez que não era campeão na sala de descanso que antecede a cerimónia do pódio. Só nessa altura, perante a insistência da organização, ficou convencido que tinha mesmo conquistado o segundo campeonato da carreira, aos 25 anos.
Mas a prova em si foi bastante atribulada. Depois dos piões do alemão Sebastian Vettel (Aston Martin) e do chinês Zhou Guanyu (Alfa Romeo), o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) despistou-se com violência e obrigou à entrada do 'safety car' para retirada do carro da pista. O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) acabou com um painel publicitário preso na frente do seu carro e teve de ir às boxes mudar o nariz do monolugar. Entretanto, o tailandês Alexander Albon (Williams) também se despistou.
Depois de regressar à pista - e quando tentava juntar-se ao resto do pelotão que rodava ainda atrás do 'safety car' -, Gasly cruzou-se com um trator em pista, chamado para rebocar o Ferrari de Sainz, e quase atropelou um dos comissários que tentavam retirar o carro do espanhol de pista.
Esse incidente mereceu muitas críticas por parte de outros pilotos, nomeadamente do britânico Lando Norris (McLaren), até porque Suzuka foi palco do acidente do francês Jules Bianchi em 2014, que acabou com a morte do piloto após embater num trator que rebocava outro carro acidentado.
A direção de prova, liderada pelo português Eduardo Freitas, abriu uma investigação a Gasly por excesso de velocidade porque a corrida já estaria interrompida por bandeiras vermelhas antes de o francês ter chegado ao local onde se encontrava o carro acidentado de Sainz, pelo que teria de ter reduzido a velocidade.
O pelotão foi reconduzido à via das 'boxes', onde os carros permaneceram por mais de duas horas.
A prova acabaria por ser retomada com o pelotão alinhado atrás do 'safety car' e com 41 minutos para ser dada por terminada a corrida.
Max Verstappen, que partia do primeiro lugar, manteve o comando e foi 'cavando' uma distância segura para Leclerc, a braços com uma degradação mais rápida dos seus pneus, que culminou com a saída de pista na última volta, que lhe custou a penalização de cinco segundos e que valeu a conquista do campeonato a Verstappen.
"Estava a lutar com os pneus. Parabéns para o Max pelo seu segundo título. É frustrante, o ritmo não esteve lá. Pensei que não haveria pontos completos, afinal houve. Por isso, foi uma surpresa ver o Max campeão. A degradação dos pneus foi enorme. Mesmo que o tivesse passado, não teria ganho. Na última curva bloqueei e fui em frente. Foi um erro", admitiu Leclerc, no final.
O neerlandês passou a somar 366 pontos no Mundial, mais 114 do que Sérgio Pérez, que é agora segundo e tem 253. Leclerc baixou à terceira posição, com 252. Com quatro provas por disputar, estão 112 pontos em jogo.
Entre os construtores, a Red Bull lidera, com 619 pontos, contra os 454 da Ferrari e os 387 da Mercedes.
Durante a transmissão televisiva, a Sport TV avançou que Portugal irá receber um teste do fornecedor de pneus Pirelli, nos dias 14 e 15 de dezembro, em Portimão.
A próxima prova disputa-se em Austin, no Texas (Estados Unidos) e será o GP das Américas, em 23 de outubro.