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Houve "simulação de contratos" no caso Neymar
Várias cláusulas e simulação de contratos deixam no ar suspeitas de que o negócio que levou o futebolista Neymar para o Barcelona não decorreu dentro da legalidade.
No dia três de Setembro de 2013 o futebolista brasileiro Neymar e o Futebol Clube de Barcelona assinaram um contrato onde era declarada a impossibilidade de cumprimento de um contrato, entre as mesmas partes, assinado em 2011 e que previa a contratação do avançado pelo “Barça” no presente ano de 2014, de acordo com uma notícia avança pelo diário desportivo espanhol a “Marca”.
O último ponto do contrato de 2011 dizia que as partes “se dispensam de qualquer responsabilidade mútua por incumprimento”. O problema prende-se com o facto de no mesmo dia 3 de Setembro o Barcelona e o pai de Neymar terem acordado o pagamento de uma indemnização de 40 milhões de euros relativa ao incumprimento da cláusula prevista no contrato assinado em 2011.
Apesar do jogador brasileiro ter sido contratado no último verão, antes da data prevista no contrato de 2011, este acordo libertava as partes do pagamento de qualquer tipo de indemnização como aquela que se veio a verificar.
Na quarta-feira foi noticiado que o fisco espanhol pediu a imputação, por delito fiscal, do Barcelona pelo não pagamento às finanças de um valor próximo dos 9 milhões de euros. Entretanto o “El Mundo”, que trouxe à luz este processo, já escreveu que o juiz responsável pelo processo decidiu aceitar o pedido de imputação por delito fiscal.
O jornal a “Marca” refere que fontes ligadas à investigação do Ministério Público espanhol garantem ter-se tratado de um contrato com indemnizações suspeitas. “É uma barbaridade. Há um indício claro de simulação de contratos”, escreve a “Marca” citando as fontes ligadas ao processo.