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Fundo injecta 50 milhões no AC Milan e assume controlo do clube

O hedge fund Elliot vai assumir o controlo do AC Milan, depois do dono chinês ter falhado o pagamento de dívida. O fundo abutre vai injectar 50 milhões de euros no clube italiano.

Giuseppe Meazza (Inter de Milão e AC Milan) - 45.538 espectadores
Reuters
11 de Julho de 2018 às 08:46
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Li Yonghong adquiriu o clube italiano no ano passado por 740 milhões de euros a Silvio Berlusconi, antigo primeiro-ministro italiano. Para concretizar a aquisição terá solicitado um financiamento de mais de 300 milhões de euros ao "hegde fund" fundado por Paul Singer. 

Mas falhou o pagamento de uma dívida no valor de 32 milhões de euros, o que levou a que o fundo Elliot Management, conhecido como abutre da Argentina, avançasse para o controlo do clube. 

O fundo Elliott anunciou na terça-feira, 10 de Julho, à noite que vai controlar o AC Milan, avançando com uma injeção de 50 milhões de euros. O objectivo é "estabilizar as finanças" do clube de futebol italiano.

Num comunicado divulgado na noite de terça-feira, o fundo Elliott anunciou que com essta aquisição abre um "novo capítulo para o Milan", de acordo com a Lusa.

"A visão do fundo Elliott para o AC Milan é simples: criar estabilidade financeira e gestão sólida, para alcançar o sucesso de longo prazo, concentrando-se nos fundamentos e garantindo que o clube esteja bem capitalizado", e liderar um modelo de negócio sustentável que respeite os regulamentos de 'fair play' financeiro da UEFA", refere o documento.

Paul Singer é advogado, mas é conhecido por ter fundo o Elliot Management, um fundo de cobertura de risco que tem como principal estratégia a compra de dívida de países ou empresas em dificuldades para, em seguida, a vender ou exigir em tribunal os montantes a que tem direito, nas situações de falência ou reestruturação.

Uma estratégia que justifica a denominação de "fundo abrutre". Em 1995, comprou 20 milhões de dólares em dívida do Peru e, depois da falência do país, ganhou um processo em tribunal de 58 milhões. Mas o episódio mais conhecido envolve a Argentina. Singer foi um dos 7% de credores que recusaram participar na reestruturação de dívida da década passada e tentou confiscar alguns bens do Estado. Quase dez anos depois, o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA obrigou a Argentina a pagar os 1,5 mil milhões de dólares que lhe devia.

No Verão de 2014, este fundo apostou na queda das acções da Portugal Telecom, depois de anunciado o investimento de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte.

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