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Cristiano Ronaldo sente-se um preso inocente com as suspeitas de evasão fiscal
O capitão da selecção portuguesa garantiu que não fez "nada de mal" e que tem todas as contas fiscais regularizadas.
Cristiano Ronaldo diz sentir-se um inocente que está preso com as suspeitas de evasão fiscal, numa entrevista publicada hoje pela revista francesa France Footbal, que premiou na segunda-feira o futebolista português com a quarta Bola de Ouro.
Depois de receber o galardão, o capitão da selecção portuguesa garantiu que não fez "nada de mal" e que tem todas as contas fiscais regularizadas.
"Quando falam de mim [comunicação social], não me sinto bem. Tenho feito bem as coisas. Há muitas pessoas inocentes na prisão", disse o agora 'tetra' Bola de Ouro, atribuída anualmente pela revista francesa ao melhor futebolista do mundo, após a votação de jornalistas de 173 países.
O goleador do Real Madrid insistiu que não fez "nada de mal", ao contrário do que a imprensa relata, publicando vários documentos do 'Football Leaks'.
"Tudo isto não me está a fazer bem. É difícil, não só para mim como também para as pessoas que estão ao meu lado. A minha família, o meu filho e toda a gente que trabalha comigo", admitiu o jogador português.
Ronaldo até relativizou as notícias que falam sobre a sua vida privada, os seus amigos, onde foi de férias, se está "noivo ou não", mas insistiu que as recentes informações "têm a ver com a justiça", lembrando que, para isso, tem os seus advogados.
"A verdade vai 'rebentar, mais cedo ou mais tarde", considerou.
A 8 de Dezembro, o diário espanhol El Mundo noticiou, citando uma fonte do Ministério das Finanças espanhol, que Cristiano Ronaldo está a ser investigado há ano e meio por alegada evasão fiscal.
A mesma fonte confirmou ao jornal espanhol que a investigação decorre "em silêncio e a seu ritmo", estando em fase "avançada".
Uma semana antes, a 02 de Dezembro, os membros do European Investigative Collaborations (EIC), que inclui o Expresso e o El Mundo, entre outros, noticiaram que Cristiano Ronaldo evadiu, supostamente, 150 milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens.