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Chineses colocam Inter de Milão à venda
O Raine Group, que esteve envolvido na venda do Chelsea, e o Goldman Sachs, foram contratados para liderar este processo.
O grupo chinês Sunning colocou à venda o Inter de Mailão, um dos mais mediáticos clubes de futebol de Itália. O processo de venda será liderado pelo Raine Group, um banco "boutique" norte-americano que liderou o leilão do Chelsea este ano, e o Goldamans Sachs, adianta o Financial Times.
O jornal inglês recorda que o Inter de Milão pertence desde 2006 à empresa de comércio eletrónico Suning, com sede em Nanjing, que adquiriu o clube durante uma onda de investimentos no futebol europeu protagonizados por empresas chinesas.
O Inter é liderado pelo presidente Steven Zhang, filho de Zhang Jindong, fundador da Suning, que pagou 270 milhões de euros por uma participação maioritária de 68% nos "nerazzurri" em 2016.
A decisão da Sunning em sair do Inter de Milão é justificada pela crescente concorrência que o grupo está a sofrer do comércio eletrónico e pelo enorme peso da dívida de curto. Além disso, o apoio do Governo chinês, liderado por Xi Jinping, a este tipo de projetos também tem vindo a diminuir.
Em julho deste ano, para evitar o colapso, o governo chinês e a Alibaba, principal acionista da empresa, injetaram 1,4 mil milhões de dólares na Sunnig, tendo logo nessa altura sido colocada a possibilidade de venda do Inter de Milão.
O futebol italiano, lembra o Financial Timesm tornou-se um destino cada vez mais popular para investidores internacionais. Roma, Atalanta, Fiorentina e Génova estão entre vários clubes agora controlados por proprietários americanos.
Este ano, o grupo de investimentos norte-americano RedBird Capital comprou o rival local da Inter, o AC Milan, em um acordo no valor de 1,2 mil milhões de euros, um recorde para um clube de futebol europeu fora da Premier League inglesa.
A Série A tem a segunda menor receita de transmissão das chamadas "Cinco Grandes", com os direitos internacionais do futebol italiano alcançando cerca de 230 milhões de euros por ano, de acordo com a Enders Analysis, muito abaixo do valor da Espanha de 900 milhões de euros.