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Bernardo Ayala fala em novo horizonte para o Sporting ao deter 88% do capital da SAD

Questionado se essa maior agilidade do ponto de vista financeiro conduzirá a um maior investimento no reforço da equipa de futebol, Bernardo Ayala deu uma resposta afirmativa, mas remeteu essa decisão para quem de direito.

Paulo Calado
06 de Fevereiro de 2024 às 22:44
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Bernardo Ayala considerou esta terça-feira que a Assembleia-Geral da SAD foi um sucesso, visto que a aprovação de todas as propostas da Ordem de Trabalhos permite ao clube ficar detentor de 88% do capital social da sociedade.

O presidente da Assembleia-Geral da SAD justificou o sucesso da reunião magna por duas razões essenciais: "A primeira porque a aquisição permite que o Sporting fique liberto de dívidas a bancos, o que é uma bênção, não só porque isso envolve responsabilidade, mas porque o acordo com os bancos criava muitas limitações de gestão das receitas ao Sporting. Isto permite retirar dois bancos grandes do universo de credores do Sporting, o que nos dá uma agilidade de gestão que não se tinha. Depois, é um passo necessário para o Sporting ficar com 88 por cento do capital da SAD".

Para o presidente da Assembleia Geral da SAD a reconversão das VMOC's (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) abre um novo horizonte para o clube, uma vez que passa a ter uma margem de utilização de todo esse capital, como a busca de um investidor estratégico, se for o caso, sem que perca o controlo da Sociedade Anónima Desportiva.

Questionado se essa maior agilidade do ponto de vista financeiro conduzirá a um maior investimento no reforço da equipa de futebol, Bernardo Ayala deu uma resposta afirmativa, mas remeteu essa decisão para quem de direito.

"A minha resposta é sim, mas sou apenas presidente da MAG, não me compete tomar essas decisões. Verifico que há muito maior conforto financeiro hoje em dia e isso permite fazermos no futuro coisas que estavam fora do alcance, desde uma gestão com menos pressão até outro tipo de investimentos no estádio. Não temos ilusões e não há clubes desafogados em Portugal, mas os passos que se deram nestas negociações permitem-nos um conforto relevante", frisou.

Sobre o terceiro ponto da Ordem de Trabalhos, a autorização à SAD por parte do clube para proceder à emissão de novo empréstimo obrigacionista até ao montante máximo global de 50 milhões de euros, Bernardo Ayala esclareceu que o mesmo se destina, essencialmente, à gestão corrente da SAD.

"É uma solução normal em várias SAD's e o objetivo é garantir alguma tranquilidade de tesouraria. Não que ela não existisse sem o empréstimo obrigacionista, mas sendo o mesmo aprovado, e havendo outros em curso, a ideia é utilizá-lo para gestão corrente", referiu Bernardo Ayala.


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