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Lucro da Mota-Engil cresce 37% até junho para 12 milhões de euros

O grupo atingiu no final do primeiro semestre uma carteira de encomendas recorde de 9,2 mil milhões de euros, a que acrescem já outros 2,2 mil milhões de contratos assinados depois de junho em Angola, México e Brasil.

O grupo liderado por Gonçalo Moura Martins tem a estratégia, até 2026, de sair de negócios de pequena dimensão e concentrar-se em mercados com maior relevância.
Mariline Alves
01 de Setembro de 2022 às 00:09
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A Mota-Engil registou no primeiro semestre deste ano um resultado líquido de 12 milhões de euros, o que significa um crescimento de 37% face aos 9 milhões conseguidos no mesmo período de 2021, tendo este sido "o melhor resultado registado nos últimos seis anos".

Em comunicado à CMMV, o grupo liderado por Gonçalo Moura Martins (na foto) salienta que o volume de negócios atingiu os 1.354 milhões de euros, mais 19% do que em junho do ano passado, tendo este sido "o melhor primeiro semestre de sempre".

Na área da engenharia e construção, o volume de negócios em África cresceu 54% contribuindo com 449 milhões de euros, destacando o grupo Angola e Costa do Marfim, onde a faturação duplicou neste período.

Na América Latina o aumento foi de 36%, para 430 milhões, destacando-se o mercado mexicano, que cresceu 41%, assim como o Peru, que atingiu um crescimento de 55%.

Na Europa, apesar da queda de 7%, para 251 milhões de euros, o grupo salienta o acréscimo da atividade em Portugal de 18%, depois de em 2021 o mercado doméstico ter melhorado 11%.

A diminuição da atividade no continente europeu é justificada pela Mota-Engil com "uma maior seletividade na apresentação de propostas comerciais na Polónia em função da elevada volatilidade na região, assim como pelo efeito da venda realizada em janeiro das operações no Reino Unido e Irlanda".


No que respeita ao negócio do ambiente, o volume de negócios cresceu 9% atingindo 220 milhões de euros, "suportado essencialmente no crescimento da atividade internacional, que representou, a junho, 29% do total, em função do crescimento em África", refere.

Já a Mota-Engil Capital, que inclui os ativos fora das áreas da construção e do ambiente, apresentou uma diminuição do volume de negócios e do EBITDA, "influenciado pela venda de alguns ativos no primeiro semestre tal como previsto no plano estratégico", explica o grupo.

A carteira de encomendas alcançou em junho o recorde de 9,2 mil milhões de euros, a que acrescem novos contratos assinados no terceiro trimestre de 2,2 mil milhões em Angola, México e Brasil, frisando o grupo que se registam "entre os novos contratos projetos de dimensão média superior e concentrados nos mercados core do grupo", como definiu no seu plano estratégico para 2026.

A Mota-Engil salienta ainda no comunicado o "período marcado por um crescimento muito significativo da sua atividade comercial e operacional, conjugado com um controlo criterioso na gestão financeira que permitiu, ainda que com o impulso da atividade, melhorar os rácios de balanço e melhoria da sustentabilidade financeira".

O EBITDA cresceu 14% para 207 milhões de euros, sendo que na área da construção em África e América Latina registaram-se acréscimos de 14% e 33%, enquanto na Europa houve um recuo de 19%.


Até junho o investimento do grupo somou 108 milhões de euros, 55% relacionados com investimento de crescimento e em contratos de médio e longo prazo.

A dívida líquida foi reduzida para 1.117 milhões de euros, melhorando o rácio de dívida líquida / EBITDA para 2,6x.

 

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