O secretário de Estado das Infra-estruturas, Sérgio Monteiro, avançou esta terça-feira, 23 de Setembro, na assinatura dos contratos para a conclusão da construção do Túnel do Marão, que face ao contrato assinado antes, com a concessionária liderada pela Somague, o Estado vai poupar pelo menos 660 milhões de euros.

De acordo com o responsável, este é o cenário menos optimista, que considera que os 200 milhões que o Estado já investiu não são recuperados na luta judicial com o consórcio com o qual rescindiu contrato em Julho de 2013, além de não prever optimizações ao custo de manutenção e incluir custos financeiros para a Estradas de Portugal.

Já no cenário mais optimista, disse Sérgio Monteiro, a poupança esperada face ao contrato assinado com a concessionária da Somague e MSF pode atingir os 920 milhões de euros.

O secretário de Estado lembrou que a rescisão do contrato determinada pelo Governo em Julho de 2013 foi a primeira em 100 anos, mas defendeu a decisão pela "diferença de custo para o erário público entre a anterior solução e a que começa a ser executada agora".

Com a atribuição de visto prévio aos contratos para a execução das empreitadas de construção do Túnel do Marão, as obras vão iniciar-se ainda este mês de Setembro de forma a que sejam concretizadas até ao final de 2015, com a abertura ao serviço no início de 2016.

Para concluir a obra, parada desde Junho de 2011, a Estradas de Portugal lançou em Fevereiro passado três concursos para a construção dos acessos poente, nascente e do concepção/construção do túnel.

Os três concursos trabalhos foram ganhos pela Opway, Ferrovial/Lena Engenharia e Teixeira Duarte.

Os três tinham um preço base de 201,5 milhões de euros, tendo o resultado dos concursos ditado um investimento de 146,4 milhões de euros, menos 54,9 milhões face às estimativas.