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Construtoras portuguesas crescem 6% no exterior

As empresas de construção portuguesas facturaram mais de 5,6 mil milhões de euros fora de Portugal em 2014. África continua a ser o principal destino da internacionalização, mas as perspectivas de crescimento estão na América Central e do Sul.

Simon Dawson/Bloomberg
15 de Dezembro de 2015 às 11:35
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As empresas de construção portuguesas facturaram mais de 5,6 mil milhões de euros no exterior em 2014, um valor que representa um aumento de 6% face a 2013, revela a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) nos seus "Cadernos da Internacionalização", divulgados esta terça-feira. Pelo contrário, a carteira de encomendas no exterior recuou 14% neste período para os 5,7 mil milhões de euros.

África - designadamente Angola, Malawi e Moçambique - continuou a ser o principal destino das construtoras portuguesas, representando 63% do total do volume de negócios, ou seja, 3,6 mil milhões de euros.

Do total do volume de negócios realizado pelas construtoras europeias neste continente, quase 21% foram executados por empresas portuguesas.


No entanto, as perspectivas de evolução apontam para um reforço da produção nos mercados da América Central e do Sul (Venezuela, Peru, Brasil e México), e até no mercado europeu (sobretudo Polónia), e para uma quebra em África.

A América Central e do Sul é o segundo mercado externo para as construtoras portuguesas, tendo o volume de negócios obtido nesta geografia atingido os 1,6 mil milhões de euros (28% do total) em 2014, mais 50% do que no ano anterior.

O mercado europeu, por seu lado, contribuiu com cerca de 9% para o volume total da facturação.


"Com excepção de uma parcela muito reduzida obtida no Médio Oriente, as construtoras portuguesas continuaram em 2014 fora das rotas asiáticas e da América do Norte", refere a AECOPS nesta análise.


De acordo com a AECOPS, desde 2006 a internacionalização das empresas portuguesas cresce a uma taxa média de 14% ao ano. Só em África o seu volume de negócios tem aumentado anualmente a uma média de 17%.

 

Angola continua a ser o principal mercado

 

Angola continuou a ser o principal mercado internacional das construtoras portuguesas. Em 2014, apesar de ter recuado 4%, foi responsável por um volume de negócios de 1.915 milhões de euros.

A alguma distância seguiu-se o Malawi, onde foram gerados negócios de 548 milhões de euros, um valor que representou um crescimento neste mercado de 54%.

A Venezuela ocupa a terceira posição, representando 506 milhões da facturação em 2014. Moçambique, Peru e Brasil sucedem-se neste ranking.

Também no que respeita aos novos contratos, Angola liderou em 2014. A carteira de encomendas neste país recuou 19% no ano passado, atingindo ainda assim os 1.822 milhões de euros.

No México a carteira de encomendas das construtoras portuguesas aumentou 51% neste período, atingindo os 1.064 milhões de euros.


Seguiu-se a Argélia (onde os novos contratos somam 600 milhões de euros), o Brasil (responsável por 526 milhões) e a Polónia (com encomendas de 417 milhões).

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