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Concursos e contratos de obras públicas continuam em queda

A AICCOPN diz que a atividade do setor da construção e imobiliário está a refletir o contexto de abrandamento do consumo privado e do investimento e de subida dos preços. O consumo de cimento cresceu apenas 1,9% até setembro.

O setor quer que nas obras privadas sejam aceites pedidos de prorrogação do prazo de execução sem penalizações.
Toby Melville/Reuters
08 de Novembro de 2022 às 12:50
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O valor das empreitadas de obras públicas lançadas a concurso até ao final do terceiro trimestre deste ano recuou 15,9% em termos homólogos, enquanto os contratos celebrados e registados no Portal Base caíram 36,5%, avançou a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) esta terça-feira.  

De acordo com a entidade, "a atividade do setor da construção e imobiliário acompanha a evolução da economia", recordando que a estimativa rápida do Produto Interno Bruto recentemente divulgada, relativa ao terceiro trimestre, aponta para um crescimento de 0,4% face ao trimestre anterior, "refletindo um contexto de abrandamento do consumo privado e do investimento e de aceleração dos preços no consumidor".

Por isso, no que respeita ao mercado das obras públicas afirma que "não se registam alterações significativas, mantendo-se os registos de queda nos concursos e nos contratos de empreitadas celebrados".


Já no que diz respeito aos principais indicadores relativos à atividade do setor, "a evolução registada tem-se mantido globalmente positiva, apesar dos constrangimentos associados ao aumento dos preços das matérias primas, energia e materiais de construção", diz a AICCOPN.


Segundo a associação, o consumo de cimento no mercado nacional atingiu 2.922 milhares de toneladas até ao final do mês de setembro, o que corresponde a um aumento de 1,9%, face a igual período de 2021. No conjunto do ano passado o consumo de cimento tinha crescido 5,8%.


Relativamente ao licenciamento municipal, a associação faz notar que nos primeiros oito meses deste ano a evolução foi positiva. Nos edifícios não residenciais, houve um aumento de 6,4% da área licenciada desde o início do ano, enquanto nos edifícios habitacionais a subida foi de 1,6% no número de fogos licenciados em construções novas, para um total de 20.258 alojamentos, tendo havido uma estabilização da área licenciada.


A AICCOPN recorda ainda que relativamente aos custos de construção de habitação nova, em agosto este índice aumentou 12,6%, em termos homólogos, em resultado de variações de 16,6% na componente de materiais e de 6,9% na mão de obra.


Já o montante de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras totalizou 10,9 mil milhões de euros até ao final de agosto, mais 11,4% do que no período homólogo.

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